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Tratamento da insuficiência cardíaca terminal através da correção da insuficiência mitral secundária e remodelação ventricular
Fecha
2001-09-01Registro en:
Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular. Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, v. 16, n. 3, p. 203-211, 2001.
0102-7638
S0102-76382001000300004.pdf
S0102-76382001000300004
10.1590/S0102-76382001000300004
Autor
Buffolo, Enio
Paula, Ivan Machado de
Branco, João Nelson Rodrigues
Carvalho, Antonio Carlos
Mantovani, Cyrillo
Caputi, Guido
Aguiar, Luciano Figueiredo
Institución
Resumen
INTRODUCTION: The survival of patients in end-stage and secondary mitral insufficiency is very poor in short periods of follow-up in spite of the progress that has been made in clinical management. The occurrence of secundary mitral regurgitation compromises survival and quality of life and recent papers have suggested that mitral intervention could improve functional classes. OBJECTIVE: This paper describes a techniques of valvular prostheses implantation in the left A-V annulus, to correct mitral regurgitation and remodelling the basis of the left ventricle with shortening of the longitudinal axis. MATERIAL AND METHODS: We analyze 33 patients in end-stage cardiomyopathies (15 ischemic, 13 dilated, 3 Chagas' disease, 1 puerperal, 1 viral) operated on from December 85 to September 99. The ages varied from 25 to 78 years (mean 58), 57.7% males. The period of follow-up was from 4 months until 4 years (mean 22 months). RESULTS: During hospital stay, 3 deaths (3/33) occurred and 2 others occurred after hospital discharge (2/30). In this period of follow-up 88% of patients improved 1 or 2 functional classes, the echocardiographic ejection fraction improved from 30 to 36% despite elimination of regurgitant flow and the stroke volume increased from 58 to 80 ml. CONCLUSION: Refractory cardiac insufficiency with mitral regurgitation can be palliative with valvular prosthesis implantation and remodelling of left ventricle in this period of follow-up. INTRODUÇÃO: A sobrevida de pacientes com miocardiopatia e insuficiência mitral secundária em classe funcional IV é muito pequena em curtos períodos de observação, apesar dos progressos consideráveis obtidos com o tratamento médico. Tem sido demonstrado que o aparecimento de insuficiência mitral secundária piora o prognóstico e a qualidade de vida e que a correção da insuficiência mitral permite melhor controle do paciente. OBJETIVO: O presente trabalho propõe o implante de uma prótese em posição mitral que elimina a insuficiência mitral e remodela a base do ventrículo esquerdo e o seu eixo longitudinal. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Analisamos 33 pacientes com insuficiência cardíaca refratária sob terapêutica máxima operados entre dezembro/95 e setembro/99. O grupo etário variou de 25 a 78 anos (mediana 58) sendo 57,7% do sexo masculino. O período de observação variou de 4 meses a 4 anos (mediana 22 meses). Quanto à etiologia, em 15 pacientes era isquêmica, em 13 dilatada, em 3 chagásica, em 1 pós-parto e em 1 viral. RESULTADOS: Ocorreram 3 óbitos na fase hospitalar (3/33) e 2 na tardia (2/30), estando 28 pacientes em observação. Neste intervalo de seguimento, 88% dos pacientes melhoraram 1 ou 2 classes funcionais, a fração de ejeção subiu de 20 a 36%, apesar da eliminação da fração regurgitante, o volume efetivo melhorou consideravelmente (58 para 80 ml) entre a aferição pré-operatória e a última evolução. CONCLUSÃO: A insuficiência cardíaca refratária com insuficiência secundária moderada a severa pode sofrer efetiva paliação com a eliminação de regurgitação e remodelação do ventrículo esquerdo, implantando-se prótese valvar no anel atrioventricular esquerdo.