Report
O estado da desinformação: eleições 2018
Fecha
2018Registro en:
RUEDIGER, M.A. O Estado da Desinformação: Eleições 2018. Volume 1. Rio de Janeiro: FGV DAPP, 2018.
Autor
Ruediger, Marco Aurélio
Institución
Resumen
A ação de contas automatizadas no debate público nas redes sociais é uma realidade nas eleições, conforme análise feita pela FGV DAPP com dados de 08 a 13 de agosto. Foram identificadas, na base analisada, 5.932 contas automatizadas no debate sobre as eleições e os presidenciáveis, que geraram 19.826 publicações, entre tuítes e retuítes. Destas publicações, cerca de 30% (5.790 publicações) são duplicatas , reproduziram o mesmo conteúdo, um indicativo de ação coordenada para disseminação de conteúdo.Os candidatos mais mencionados foram Bolsonaro (PSL) e Lula (PT) , com 7,5 mil e 6,1 mil menções. Depois aparecem Alckmin (PSDB) e Boulos (PSOL), com 2,7 mil e 2,2 mil. Análise de discurso mostra que robôs ligados a Bolsonaro exploraram os temas “aborto”, “homofobia” e “racismo” para posicionar o candidato e reagir à esquerda. No caso de Lula , a análise evidencia a estratégia de dar visibilidade ao então vice, Fernando Haddad, aos “debates paralelos” aos oficiais e mensagens por sua soltura. Foram identificadas ainda três redes de contas automatizadas ( botnets ) que coordenaram, no total, 1.589 publicações durante o período de análise. A maior delas , composta por 13 contas , fez 1.053 publicações relacionadas ao debate eleitoral (5% das publicações automatizadas), com conteúdos em defesa de Lula. A segunda rede de 139 contas automatizadas foi responsável por 291 publicações relacionadas ao debate (1% dos posts), vinculadas aos nomes de Lula e Boulos. A terceira rede é composta por 16 contas que fizeram 245 publicações relacionadas ao debate eleitoral, (pouco mais de 1%), em defesa de Bolsonaro e Amoedo. No final de agosto , dias após o movimento da #DireitaAmordaçada, ocorreu também a mobilização #MeSegueNoGab , com o objetivo de atrair seguidores para a plataforma;A hashtag foi mencionada em 19.315 tuítes, fazendo o percentual de acessos de brasileiros no Gab subir de 12.2% em 22 de agosto para 27.3% no dia 11 de setembro.