Article (Journal/Review)
Nacionalismo no centro e na periferia do capitalismo
Fecha
2008-04-01Registro en:
Estudos Avançados. Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, v. 22, n. 62, p. 171-193, 2008.
0103-4014
10.1590/S0103-40142008000100012
S0103-40142008000100012.pdf
S0103-40142008000100012
Autor
Bresser-Pereira, Luiz Carlos
Institución
Resumen
In this work I show that nationalism, together with liberalism, socialism, efficientism and the environmentalism, is one of the ideologies of the modern societies. In the first section, I define nation as the form of society politically organized that is born with the Capitalist Revolution and leads to the formation of the nation-state, and nationalism as the corresponding ideology: its objective is the autonomy and the national economic development. In the second section, I distinguish the nationalism of the central countries from that one of the peripheral countries; while in the first the nationalism is implicit, in the peripherals is explicit or then turn to the cosmopolitism. In the third section I argument that the imperialism, even being inevitable between strong and week countries, will change its characteristics when this relation of forces is modified as a consequence of the nationalism of the dominated ones. Still in this section, I make one brief reference to Brazil. Finally, I come back to the ideologies of the capitalism to show that, differently from the others, the nationalism is a particularist ideology, which increases the resistance to it and facilitates the task of domination of the central countries. Yet, the nationalism does not disappear because it is an organizer principle of the capitalist society. Neste trabalho, inicialmente, argumento que o nacionalismo é uma das ideologias das sociedades modernas conjuntamente com o liberalismo, o socialismo, o eficientismo e o ambientalismo. Em seguida, na primeira seção, defino a nação como a forma de sociedade politicamente organizada que nasce com a revolução capitalista e leva à formação dos estados-nação, e o nacionalismo como a ideologia correspondente: seu objetivo é a autonomia e o desenvolvimento econômico nacional. Na segunda seção, distingo o nacionalismo dos países centrais daquele dos países periféricos; enquanto nos primeiros o nacionalismo é implícito, nos periféricos ou é explícito ou então deriva para o cosmopolitismo. Na terceira, argumento que, embora o imperialismo seja inevitável entre países fortes e fracos, ele mudará de características na medida em que essa relação de forças se modificar graças ao nacionalismo dos dominados. Ainda nessa seção, faço uma breve referência ao Brasil. Finalmente, volto às ideologias do capitalismo para mostrar que, ao contrário das demais, o nacionalismo é uma ideologia particularista - o que aumenta a resistência a ela e facilita a tarefa de dominação dos países centrais. Não obstante, o nacionalismo não morre porque é um princípio organizador da sociedade capitalista.