Article (Journal/Review)
Rua Prinsengracht, 263: rostidade e espaço nas realidades possíveis em d diário de Anne Frank
Fecha
2017Registro en:
1983-4675
10.4025/actascilangcult.v39i1.31035
2-s2.0-85018494354
Autor
Santana, Jorge Alves
Rosenthal, Benjamin
Institución
Resumen
The Diary of Anne Frank draws an unparalleled instant for producing individual, institutional and collective subjectivity. In this ambience, a probing analysis of the mediations of subjectification will then be conducted. Apparently, such mediations are rooted in milieus that not only integrate the actants but also mold imaginable places and non-places they are amid (Augé, 2000). Hence, Anne Frank's faciality (Deleuze & Guattari, 1996) finds place in her diary, between strategies of history and fiction. Noticeably, the Jewish young lady's textual performance penned in her Secret Annex reveals well-defined constitutions and constant shifts of a potential rhizomatic identity (Deleuze & Guattari, 1995) moved not unlikely by the heterotopias of deviation (Foucault, 2001). The surroundings narrated and experienced by her are also linked to the diasporic complexion (Hall, 2003) capable of allowing the subject to diversify existential belongings under imminent risk of extinction into contexts which go along with mechanisms of survival, tolerance and the maintenance of basic conditions of existence. O diário de Anne Frank cartografa um singular instante de produção de subjetividade individual, institucional e coletiva. Nessa ambiência de relações entre realidade ideal e realidade possível, trataremos de agenciamentos de subjetivação que parecem ser embasados por espacialidades pelas quais os actantes são determinados, mas que também são capazes de transformar os lugares e não lugares (Augé, 2000), nos quais estão inseridos. Dessa forma, a rostidade (Deleuze & Guattari, 1996) de Anne Frank é processada em seu diário/testemunho nos entre lugares entre estratégias da história e da ficção. Perceberemos, na performance textual da adolescente judia em seu Anexo Secreto, constituições pontuais e deslocamentos constantes de uma possível identidade rizomática (Deleuze & Guattari, 1995) movida pelo que se aproximaria da heterotopia de desvio (Foucault, 2001). Tais espacialidades vivenciadas e narradas dialogam também com a compleição diaspórica (Hall, 2003), capaz de possibilitar ao sujeito condições de heterogeneizar pertencimentos existenciais sob iminentes riscos de destruição para contextos capazes de ativarem mecanismos de sobrevivência, de tolerância e de manutenção de condições básicas de existência.