Article (Journal/Review)
Uma visita ao Barão
Fecha
2005Registro en:
Revista de Administração Contemporânea. Associação Nacional dos Programas de Pós-graduação em Administração, v. 9, n. spe2, p. 1-17, 2005.
1415-6555
10.1590/S1415-65552005000600002
S1415-65552005000600002.pdf
S1415-65552005000600002
Autor
Bertero, Carlos Osmar
Iwai, Tatiana
Institución
Resumen
The towering figure of the Baron of Mauá holds an indisputable place in the economic development of Brazil. His trajectory is widely analyzed not only because of his important achievements, but also because he became the symbol of an entrepreneur, whose failure in business is often blamed on an institutional context that could not understand his vision of development for the country and was hostile towards his industrialization projects and modernization of Brazil. Nevertheless, if we review his trajectory, we will see that not only can his actions in business be considered mistaken, if analyzed in the light of current concepts developed in the field of strategy, but they were also close to the governmental policies of the time. Therefore, to a certain extent, Mauá was a prisoner of the Brazilian institutional context of his day. The aim of this article is to review the position that Mauá, as a classic-style entrepreneur, was opposed to the institutional order of his day and, for that reason, would have been punished. We will actually see that on the one hand, he was opposed to it, and on the other he also trusted it and came to depend on it. A figura do Barão de Mauá ocupa lugar de indiscutível destaque no desenvolvimento econômico do Brasil. Sua trajetória é largamente analisada não apenas pelas importantes realizações que promoveu, mas também porque se tornou símbolo de um empreendedor, cuja falência dos negócios é freqüentemente debitada a um contexto institucional, que não soube entender sua visão de desenvolvimento para o país e foi hostil a seus projetos de industrialização e modernização do Brasil. No entanto, se revisitarmos sua trajetória, veremos que não apenas suas ações empresariais podem ser consideradas equivocadas, se analisadas à luz dos atuais conceitos desenvolvidos na área de estratégia, como também guardaram certa intimidade com a política governamental da época. Dessa maneira, Mauá foi, em certo grau, prisioneiro do contexto institucional brasileiro do período. Nesse sentido, o objetivo deste artigo é rever a posição de que Mauá, como empreendedor do tipo clássico, opôs-se à ordem institucional vigente e, por isso, teria sido punido. Na verdade, veremos que, se ele se opôs a essa ordem, nela também confiou e passou a dela depender.