Article (Journal/Review)
Fiscal costs of monetary policy: indirect effects of an interest rate shock on Brazilian public net debt
Fecha
2016-09-01Registro en:
Brazilian Journal of Political Economy. Editora 34, v. 36, n. 3, p. 557-579, 2016.
0101-3157
10.1590/0101-31572015v36n03a06
S0101-31572016000300557.pdf
S0101-31572016000300557
Autor
Carvalho, Laura
Diniz, André
Pedrosa, Ítalo
Rossi, Pedro
Institución
Resumen
The paper estimates the fiscal cost of an increase in the Brazilian policy interest rate - the SELIC - by considering not only the direct effect on the yield of public bonds that are indexed to the SELIC, but also indirect effects on: (i) the yield of public bonds that are indexed to the exchange rate and inflation, and (ii) the stock of public net debt through adjustments in the value of international reserves measured in domestic currency. Projections are based on the estimation of the relationship between interest rates, exchange rates and inflation by means of a vector auto-regression. We conclude that the inclusion of such indirect effects has an ambiguous effect on the response of the implicit interest rate on public net debt to shocks in the SELIC, when adjustments in the value of international reserves are not considered. However, the inclusion of the latter amplifies the fiscal cost of a more restrictive monetary policy. These results call for a better coordination between monetary, fiscal and exchange rate policies in Brazil. O artigo estima o custo fiscal de um aumento da taxa básica de juros da economia considerando não apenas os efeitos diretos sobre a remuneração dos títulos indexados à SELIC, mas também os efeitos indiretos que incidem sobre: (i) a remuneração dos títulos públicos indexados ao câmbio e à inflação; e (ii) o estoque da dívida líquida do setor público, através do ajuste patrimonial das reservas internacionais. As projeções se baseiam na estimação da relação entre taxa básica de juros, taxa de câmbio e inflação a partir de um modelo de vetores autorregressivos. Conclui-se que os efeitos indiretos têm impacto indeterminado sobre a taxa de juros implícita da dívida pública quando não se considera o ajuste no valor das reservas internacionais ocasionado pelo impacto da SELIC na taxa de câmbio. A inclusão desse efeito patrimonial pode amplificar substancialmente o custo fiscal de uma política monetária restritiva, indicando a necessidade de uma maior articulação entre as políticas monetária, fiscal e cambial no Brasil.