dc.description.abstract | Os animais congênicos possuem apenas uma região específica do
cromossomo transferida de uma linhagem para outra através de cruzamentos
monitorados por análises genéticas. Essa metodologia foi utilizada para
produzir linhagem congênica de bovinos da raça Nelore carreando o
polimorfismo no gene da miostatina proveniente do Belgian Blue. O objetivo
desse trabalho foi comparar
o
peso ao nascimento, incidência de partos
distócicos e taxa de mortalidade neonatal
em
animais d
e
3 variações genéticas
para o gene da miostatina (homozigotos sem o polimorfismo, hetero
zigotos e
homozigotos mutados)
. Animais homozigotos sem a mutação
nasceram com
31,19
kg
±
0,32
kg,
o
s heterozigotos
com
35,8
2
kg
±
0,32 kg (
diferença de
4,63
kg)
e os homozi
gotos mutados
nasceram com 40,46
±
0,32
kg, com acréscimo
médio de 9,26
kg acima dos bezerros
homozigotos não mutados
(p=2
x
10
-
16
).
Além disso bezerros machos apresentaram um acréscimo de
1,55 Kg em
relação as fêmeas. A taxa
de distocia do
s
bezerros homozigotos sem o
polimorfismo e
d
os heterozigotos
foram
de 5,4% e 5,7%.
A taxa de mortalidade
dos
bezerros homozigotos sem o polimorfismo e
d
os heterozigotos
foram de
5,4% e 5,2%,
dentro das normali
dades esperadas. Entretanto,
animais
homozigot
os mutados aprese
ntaram altas taxas de distocia 47,5% e de
mortalidade de bezerros 37,3%
.
Os dados indicam que a mutação no gene da
miostatina quando em heterozigose gera um aumento de peso ao nascimento
sem causar aumento de distocia ou de mortalidade neo
natal. Concluímos que
heterozigotos podem ser produzidos
em larga escala
, podendo ser uma
estratégia vantajosa para aumentar a produtividade da pecuária de corte. | |