Tesis
Estresse, estilo parental e percepção de suporte familiar no Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade
Fecha
2017-02-09Registro en:
000881663
33004056085P0
2312685254813659
0000-0001-5704-4643
Autor
Calais, Sandra Leal [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Institución
Resumen
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é descrito essencialmente como um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que gera interferências no desenvolvimento infantil. Crianças com o diagnóstico apresentam sintomas em pelo menos dois contextos distintos, como na escola e no ambiente familiar, exigindo habilidades dos pais. Os pais podem apresentar condição de estresse em função das dificuldades encontradas na educação dos filhos com TDAH, assim como problemas na maneira de gerenciar a disciplina, regras, limites e afetos para a criança, comprometendo o estilo parental. O suporte familiar é um recurso que pode atenuar sintomas de estresse e beneficiar na educação das crianças, mas pais de crianças com TDAH podem perceber/receber menos este apoio. Os objetivos do estudo foram caracterizar o estresse, estilo parental e percepção de suporte familiar em pais de crianças com TDAH e estabelecer relações entre estas variáveis. O projeto foi executado em uma clínica de universidade pública do estado de São Paulo com pai e mãe de crianças nas idades de seis a treze anos, perfazendo 42 participantes. Para isso, foram utilizados os seguintes instrumentos: Inventário de Sintomas de Stress para Adultos (ISSL), o Inventário de Estilos Parentais (IEP) e o Inventário de Percepção de Suporte Familiar (IPSF). Os resultados indicam que as mães apresentam mais estresse do que os pais; das mães com estresse há associação com a utilização de práticas parentais negativas e apresentam a percepção de suporte familiar mais baixa do que mães sem estresse, principalmente nos fatores autonomia e adaptação. Os pais apresentaram práticas parentais mais negativas e percepção de suporte familiar mais baixa independente de sintomas para o estresse. E, quanto maior a idade da criança pior o estilo parental, no grupo todo de participantes. Espera-se que os dados encontrados possam contribuir com a literatura da área, oferecer subsídios para futuros estudos, bem como colaborar com possíveis estratégias de intervenção a esta população e auxiliar em protocolos de avaliação considerando-se os pais como alvo de investigação. The Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) is characterized by a persistent pattern of inattention and / or hyperactivity-impulsivity that generates interferences in the development of children. Children with the diagnosis have symptoms in at least two distinct settings, such as at school and in the family environment, requiring parental skills. Parents may present a stress condition due to difficulties encountered in the education of children with ADHD, as well as problems in the management of discipline, rules, limits and affections for the child, compromising the parental style. Family support is a resource that can attenuate stress symptoms and benefit in the education of children, but parents of children with ADHD may perceive / receive less of this support. The objectives of the study were to characterize stress, parental style and perception of family support in parents of children with ADHD and to establish relationships between these variables. The project ocurred in a public university clinic in the state of São Paulo with the father and mother of children aged six to thirteen, making up 42 participants. For this, the following instruments were used: Inventário de Sintomas de Stress para Adultos (ISSL), o Inventário de Estilos Parentais (IEP) e o Inventário de Percepção de Suporte Familiar (IPSF). The results suggest, mothers present more stress than the fathers; mothers with stress are associated with the use of negative parental practices and present the perception of lower family support than mothers without stress, especially in the autonomy and adaptation factors. Fathers presented more negative parenting practices and perceived lower family support regardless of symptoms for stress. And the higher the child's age the worse the parental style across the group of participants. It is hoped that the data found may contribute to the literature of the area, offer subsidies for future studies, as well as collaborate with possible strategies of intervention to this population and help in evaluation protocols considering the parents as research target.