| dc.description.abstract | No ano de 1995 foi executado um projeto de estudo com uma aluna da bolsista da CNPq: "Psicodiagnóstico Comparativo de Cinco Alunos de Classes de Educação Especial para Deficientes Auditivos e Cinco Alunos de Classes de Educação Comum". Em 1996, na mesma Escola de Ensino Fundamental da Rede Estadual, achavam -se dois alunos estagiando em uma Sala de Recursos para portadores de visão subnormal e cegos. Ambos questionavam o fato destes alunos não participarem de Recreio e do contato com os demais colegas de outras classes comuns. Este fato já havia sido constatado por outros estagiários, com relação às classes de Educação Especial. Tomou-se a iniciativa de se montar questionários e entrevistas com professores e alunos de classes comuns e de escolas de Primeiro Grau (5ª a 8ª séries) que já haviam recebido a clientela das Salas de Recursos. Formulou-se o projeto de pesquisa e conseguiu-se da FAPESP uma bolsa para os estagiários, iniciando-se a pesquisa de campo: "Alunos cegos e portadores de visão subnormal - a sala de recursos inserida em Escola Fundamental da rede pública de ensino". Os resultados desta pesquisa, que envolveu 420 alunos de Ensino Fundamental e de Primeiro Grau e 30 professores, nos levou a montar o projeto abaixo, com a participação de cinco alunas quartanistas de Psicologia, sendo assim desenvolvido: - Elaboração e apresentação de estórias contadas através de fantoches paras as 1ªs e 2ªs. séries e dramatizadas para as 3ªs e 4ªs séries, cujos personagens fossem portadores de deficiência e crianças comuns. - Solicitação da execução de um trabalho de redação por classe, premiando os melhores. - Montagem, com as professoras de Salas de Recursos e Educação Especial, de sessões de pintura e desenho para exposição na Semana da Criança na Escola. - Ensaio e treino da clientela de Salas de Recursos e Educação Especial para apresentação festiva do final do ano. - Preparo de manhã e tarde de recreio para todos os alunos da escola. Dificuldades encontradas: os professores de classes comuns, em torno de 60%, em cooperar nas pesquisas e nas manhãs e tardes de recreio. Incluiu-se nesse projeto um programa de profissionalização: o " Projeto Crescer", montado por nossa iniciativa, com participação do Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Deficiência e assumido pela Secretaria Municipal de Educação que cedeu as oficinas, cozinha e instrutores. Teve início em 1996 com 16 alunos de Classes de Educação Especial para deficientes mentais, auditivos e surdos e conta atualmente com 53 alunos , inclusive com um programa para os deficientes visuais e cegos. Este Projeto é importante porque atende os alunos de Classes de Educação Especial e Salas de Recursos, isto é, alunos a partir de 13 anos. Esta clientela ficava meio perdida sem saber o que fazer quando deixavam a Escola, ou se tornavam indesejáveis, porque a escola já não tinha muito a lhes oferecer a partir dos dezesseis anos. A princípio os instrutores se sentiram meio assustados, mas com o decorrer do tempo têm-se demonstrado satisfeitos com o sucesso dos alunos. Nos finais de ano são feitas exposição dos trabalhos dos alunos em marcenaria, artesanato e culinária, que são vendidos e cuja renda é revertida para o " Projeto Crescer", e cada aluno tem direito a escolher um trabalho seu. No fim do ano de 1998 foram entregues certificados para a primeira turma de aprendizes. Os alunos das Classes de Educação Especial participaram e receberam um certificado de freqüência e promoção para a etapa seguinte. Todos anos, desde 1995, em convênio com o Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Deficiência, são montados Encontros sobre Prevenção com o nome de "Seminário Integrado da Pessoa Portadora de Deficiência". Para este encontro são convidados especialistas nas diferentes áreas: do CAO de Araçatuba, (Centro de Atendimento Odontológico), dos Cursos de Especialização de Marília, AACD, APAE de São Paulo e outros especialistas. Este evento é realizado no Salão de Atos desta Faculdade, na Semana de Prevenção, no mês de Agosto. Neste ano teremos o IV Seminário. É dirigido aos professores, equipes técnicas, pais, alunos dos diferentes cursos e de outras Faculdades, Secretarias Municipais da Educação, da Saúde, Assistência Social e instituições regionais. | |
