dc.contributorUniversidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.date.accessioned2017-01-18T15:22:23Z
dc.date.available2017-01-18T15:22:23Z
dc.date.created2017-01-18T15:22:23Z
dc.date.issued2001
dc.identifierhttp://hdl.handle.net/11449/148119
dc.description.abstractO Grupo Alquimia é um grupo teatral que se diferencia dos demais por procurar, através da linguagem do teatro, despertar interesse pela Química, principalmente no jovem que procura fazer a melhor escolha de um curso universitário. Foi criado por iniciativa de alunos da turma de 1988, que sentiram em suas cidades de origem um desconhecimento da UNESP como Universidade Estadual e da Química como Ciência. Preocupados com essa realidade, reuniram-se com alguns professores interessados em melhorar a imagem da Química frente à sociedade e iniciaram o trabalho, selecionando textos que logo transformaram-se em peças teatrais. A temática de reações químicas relacionadas aos produtos e processos do cotidiano foi o ponto central, principalmente nessa etapa inicial.. Nas diversas apresentações, o Grupo procurava sempre enfocar aspectos do dia-a-dia, como alimentos, produtos de limpeza, bens de consumo, meio ambiente e ainda aspectos de desenvolvimento histórico da Química. Transmitir conhecimentos de Química a alunos do segundo grau que ainda não se decidiram em relação à carreira profissional pode constituir-se em um desafio, na medida em que deve-se instruí-los quanto às bases da Química, com estimulo e motivação para tantos fenômenos do cotidiano Para chamar a atenção sobre o papel central de Química no desenvolvimento do mundo moderno, basta lembrar que graças às transformações da matéria realizadas pelo Homem através dos conhecimentos dessa Ciência, por exemplo a produção de alimentos multiplicada pelo uso de fertilizantes, o vestuário contando com diversas fibras sintéticas para confecção de roupas, as doenças controladas pelos fármacos, a habitação moderna contando com várias opções de materiais de construção alternativos, entre inúmeros outros, a qualidade de vida que temos hoje é bastante diferenciada daquela de algumas décadas atrás. Com esse enfoque, experiências simples, de demonstração rápida, oferecem efeito visual que para cada platéia podem ser interpretadas e discutidas através da linguagem química simplificada, porém conceitual, ressaltando os aspectos benéficos e positivos dessa ciência e da atividade do profissional que a pratica. Não se deixa ainda de alertar e instruir para possíveis consequências desastrosas devido à manipulação equivocada de produtos químicos por profissionais despreparados, que geralmente atingem a comunidade através de notícias de jornal veiculadas pelos agentes da imprensa sem conhecimentos básicos de Química. Felizmente têm deixado de ser comuns frases como "esse produto tem química..." referindo-se a alimentos, "despejaram química no rio e os peixes morreram...", referindo-se aos descuidos com o ambiente. Atendendo a solicitações de interessados, em geral professores de escolas de segundo grau formados na nossa instituição, ou sabedores da existência do grupo através da divulgação escrita que se faz, o grupo já fez várias apresentações dos quatro ¨espetáculos¨ ou peças que produziu até hoje : A síntese de um químico, Desventuras de dois químicos, A maldição do vampiro e A história da Alquimia. Essas peças foram apresentadas em escolas de 2º grau da cidade e da região e ainda nas dependências do Instituto de Química, no Anfiteatro do Campus Universitário e ainda no Teatro Municipal de Araraquara, em 1992. A peça produzida mais recentemente pelo grupo estreou em outubro do ano passado, consistindo numa adaptação do conto ¨O Alienista¨, de autoria de Machado de Assis. Desde sua estréia até o momento, a peça foi apresentada por seis vezes em Araraquara, para públicos diferentes, e por duas vezes no estado do Paraná, na Universidade Estadual de Ponta Grossa e no Colégio Técnico Du Vernay, da mesma cidade. Foi ainda apresentada no dia 18 de março de 1999, no Teatro Municipal de Botucatu, como parte das atividades conjuntas de Recepção aos Calouros do Instituto de Biociências, Faculdade de Ciências Agrárias, Faculdade de Medicina e Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, unidades da UNESP daquela cidade. Nessa ocasião o Grupo Alquimia teve a oportunidade de apresentar-se para aproximadamente 300 pessoas, com lotação quase completa do Teatro Municipal. Atualmente o grupo conta com 18 alunos de graduação, sendo 16 do curso de Bacharelado em Química (diurno) e 2 do curso de Licenciatura em Química (noturno). A composição e o número de alunos que participam tem variado ao longo dos anos, pois dependem de fatores como formatura, número de atores necessários em cada peça sendo encenada, etc. Falando um pouco sobre a fase inicial das montagens das peças, podemos dizer que a etapa de seleção do tema é a mais complexa, visto que o mesmo deve contemplar uma série de requisitos, para atender às necessidades da encenação. Uma vez escolhido o tema, o texto tem que ser convenientemente adaptado. A etapa seguinte é de seleção e teste de reações químicas, que serão as responsáveis pelos ¨efeitos visuais¨, ou seja, preferencialmente aquelas demonstrações que deixem a platéia admirada com a ¨mágica¨ da química, como as pequenas e inofensivas explosões que liberem luz, fumaça, cores variadas, ou ainda diversas cores diferentes observadas a partir de uma mesma solução, pelo simples fato de serem transferidas de um copo para outro ou então um texto que aparece escrito milagrosamente após um pedaço de tecido branco ser borrifado com uma solução transparente, serão optimizadas para apresentação à platéia geralmente numerosa. Portanto, apenas aquelas reações químicas que despertam a admiração e a atenção da platéia, em geral constituída por leigos ou, se conhecedores, não suficientemente esclarecidos são cuidadosamente inseridas no contexto da peça e fazem parte da rotina do espetáculo. Devemos frisar que esse ¨crivo¨ é extremamente importante, sendo que o sucesso da apresentação depende diretamente dessa adequação. Ainda na fase de montagem, um cenário móvel, constituído por peças de madeira que se encaixam e se prendem por parafusos, que pudesse ser desmontado e transportado para os locais das apresentações foi projetado pelos alunos e construído na marcenaria do nosso Campus. As cortinas que completam o cenário, em tecido branco, foram pintadas com tinta própria, com temas que se encaixam no conteúdo da peça. Uma mesa desmontável, cujo tampo em vidro transparente permite uma iluminação que destaca os fatos ocorridos na demonstração, foi também projetada e confeccionada. Os figurinos e a maquiagem também são de exclusiva responsabilidade da equipe do projeto. Devemos frisar que em nenhuma das etapas até aqui descritas, o grupo conta com a assessoria de profissional da área artística. Não podemos então deixar de destacar o fato de os integrantes do grupo poderem desenvolver suas habilidades como transportadores de conhecimento, suas potencialidades de adaptadores de texto, de figurinistas, de projetistas de cenários, poderem atuar como artistas de teatro e como químicos. Esse leque de potencialidades, proporciona, sem sombra de dúvidas, um desenvolvimento do intelecto que não poderia ser atingido sem a oportunidade que tal grupo tem de participar de programas especiais, que só a extensão universitária possibilita. Podemos dizer que as metas do programa e seu público alvo têm sido atingidos em cada apresentação, consoante o grande interesse sempre despertado na platéia, o que tem possibilitado a difusão de conhecimentos. Finalizando, devemos informar que o Grupo Alquimia é classificado como um Projeto Permanente de Extensão Universitária, trabalhando na divulgação e disseminação de conhecimentos, através da linguagem teatral.
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.relationCongresso de Extensão Universitária
dc.rightsAcesso aberto
dc.sourcePROEX
dc.titleGrupo Alquimia
dc.typeOtros


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