Actas de congresos
Dados sociodemográficos dos participantes do projeto acompanhamento do desenvolvimento de bebês, do Centro de Psicologia Aplicada da UNESP de Bauru
Fecha
2013Registro en:
CONGRESSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 7., 2013, Águas de Lindólia. Anais... São Paulo: PROEX; UNESP, 2013, p. 09097
2013-09938-cintra.pdf
8149650593877042
0000-0002-5332-256X
Autor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Institución
Resumen
Os prejuízos causados no desenvolvimento de bebês podem ser reduzidos pela detecção precoce de defasagens comportamentais por meio de escalas de desenvolvimento cujos resultados subsidiam a implementação de programas de intervenção. Descrever os participantes de programas de avaliação e orientação de pais possibilita identificar variáveis que auxiliariam em otimização de programas. O presente estudo pretendeu descrever variáveis sociodemográficas dos participantes de um projeto de extensão que avalia o desenvolvimento de bebês de 2005 a 2012. A mãe, coletadas no Banco de Leite, são convidadas via telefone para participarem do projeto de extensão realizado no Centro de Psicologia Aplicada. No primeiro encontro é apresentado o projeto, os objetivos, funcionamento e a importância das avaliações mensais, até o 1º aniversário da criança, e das orientações. É aplicada a Entrevista Inicial e conduzida a primeira avaliação do repertório comportamental dos bebês, de acordo com as instruções do manual de aplicação do IPO (WILLIAMS; AIELLO, 2001). Ao final de cada encontro é agendada a próxima avaliação. Os dados utilizados nas análises realizadas a seguir foram retiradas da entrevista inicial e do protocolo de acompanhamento do bebê no projeto. Os dados se referem aos participantes e seus pais no referido projeto no período 2005 a 2012. Participaram 630 bebês sendo 332 meninos (52,6%) e 298 meninas (47,3%). Das mães 54,4% tem até 25 anos e dos pais 63,5% tem 26 anos ou mais. Quanto à escolaridade 50,5% das mães e 45,2% dos pais tem até ensino fundamental. Considerando as condições de risco dos bebês 26% eram prematuros, 8,5% eram bebês com baixo peso nascidos à termo, 17% eram filhos de mães adolescentes 46,5% são bebês nascidos sadio, 2% são de bebês sindrômicos ou com má formação. Entre as mães dos bebês em condição de risco, as mães de bebês sindrômicos (54%), de bebês prematuros (53%), de bebês com baixo peso (42%) e filhos de mães adolescentes ficaram sabendo antes da condição do seu bebê. Tais dados revelam que um número pequeno de mães está ciente do risco do seu bebê antes do nascimento, principalmente a mães adolescentes. Quanto a quem leva o bebê ao projeto 77% são as mães. Quanto à permanência no projeto observa-se que 50% dos bebês prematuros, baixo peso e filhos de mães adolescentes permanecem até quatro meses no projeto enquanto que 36% dos bebês sindrômicos, 29% dos bebês sadios, 25% dos bebês com baixo peso e 16,5% dos bebês prematuros permanecem nove meses ou mais. Os dados obtidos apontam que é preciso mais investimento na participação mais efetiva dos pais assim como a permanência maior no projeto. Todavia, falta uma equipe profissional no CPA para garantir atendimento global aos bebês de risco.