Actas de congresos
Pronto atendimento psicológico em policiais militares
Fecha
2005Registro en:
CONGRESSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 3., 2005, Águas de Lindólia. Anais... São paulo: PROEX; UNESP, 2005. p. 233
2005-233-andrade.pdf
Autor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Institución
Resumen
O trabalho do policial militar é uma atividade que alia cobrança institucional, disciplina rígida e um alto risco ocupacional. Ele trabalha com situações que podem provocar morte e dano a integridade dele e de outrem. As situações do trabalho policial exigem controle das emoções, decisões rápidas e obediência cega aos manuais de instrução. Percebe-se nesta atividade situações de stress ocupacional que desencadeia conseqüências danosas à sua saúde física, mental e às suas relações familiares, sociais e profissionais. O projeto de pronto atendimento psicológico foi criado para atender em caráter emergencial policiais militares que necessitarem de um espaço para a escuta de suas queixas emocionais e físicas. Pronto atendimento psicológico à policiais militares e familiares do 32 batalhão de Assis. O núcleo de pronto atendimento psicológico funciona desde 2003, em espaço cedido pelo comando do 32 Batalhão de Polícia Militar. O PA funciona às segundas e quintas-feiras das 14:00 às 17:00 hs e às quartas-feiras das 9:00 às 11:00 hs, no ambulatório médico do 32 Batalhão Polícia Militar, com sede na cidade de Assis. O atendimento é realizado por 3 estagiárias de psicologia em atendimento individualizado. Neste ano, o PA foi apresentado como proposta de extensão à PROEX e vem funcionando desde março em três vezes por semana. Até esta data, já passaram pelo PA, 09 pessoas, sendo 8 policiais militares e 1 familiar. Foram realizadas 25 sessões de atendimento individual. Do total de pessoas atendidas, 1 caso continua em atendimento individualizado. CONCLUSÃO: Podemos perceber que os resultados embora parciais, são altamente satisfatórios. O número crescente e freqüente de policiais que buscam o PA é alentador. Percebemos no início dos trabalhos uma certa resistência pois muitos policiais não admitem a ajuda do psicólogo, alegam que são auto-suficientes e que não necessitam de ajuda, mesmo porque não se classificam como "loucos". O trabalho é reconhecido pelos próprios policiais que aos poucos vem quebrando essa resistência. É também reconhecido pelos oficiais que passam a contar com mais um mecanismo de apoio aos seus subordinados, neste sentido o comando do batalhão esta providenciando a reforma do prédio para proporcionar ao atendimento psicológico um mínimo de condições ao trabalho. Os alunos que atuam como estagiários também aprovam o projeto, pois aliam teoria e prática e atuam na extensão de serviços à comunidade.