Tesis
Diagnóstico sorológico e molecular de Toxoplasma gondii em primatas não humanos em parque zoológico
Autor
Lucheis, Simone Baldini [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Institución
Resumen
A participação dos animais selvagens como reservatórios ou portadores de zoonoses na natureza e em cativeiro é uma preocupação emergente devido ao potencial de transmissão de agentes zoonóticos. Dentre os animais de cativeiro estão aqueles alojados em zoológicos, em particular os primatas de diferentes espécies. Este estudo teve como objetivo pesquisar a infecção por T. gondii em primatas não humanos em Parque Zoológico Municipal. Anticorpos anti-T. gondii foram avaliados pelos métodos sorológicos de Aglutinação Direta Modificada (MAD) e Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI), bem como a técnica molecular de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em amostras de sangue de 43 primatas africanos, pertencentes às categorias do Velho Mundo e Novo Mundo (Neotropicais). Dos animais estudados, 16/43 (37,2%) apresentaram anticorpos anti-T. gondii à técnica de MAD e 10/43 (23,3%) à técnica de RIFI. À prova de PCR todas as amostras foram negativas. Nenhuma diferença significativa (P< 0,001) foi observada com relação às variáveis sexo, idade e às categorias Velho Mundo e Neotropicais. Os resultados demonstraram alta prevalência de anticorpos anti-T. gondii em primatas de Parque Zoológico, necessitando-se, portanto de um monitoramento constante para a infecção, pela realização periódica de testes sorológicos, bem como os cuidados relacionados aos fatores de risco, como a procedência da areia utilizada nos recintos e dos alimentos oferecidos aos animais, bem como, a higienização adequada das frutas e verduras fornecidas aos animais. Assim, a toxoplasmose deve ser monitorada em ambientes de zoológicos, principalmente pela orientação de seus funcionários e tratadores, pela modificação de hábitos no manejo sanitário dos animais, como forma de prevenção da infecção para os funcionários bem como para o público visitante. The participation of wildlife as reservoirs or carriers of zoonoses in the wild and in captivity is an emerging concern because of the potential transmission of zoonotic agents. Among the captive animals housed in zoos, there are particularly primates of different species. This study aimed to investigate the T. gondii infection in non-human primates from Municipal Zoological Park. IgG anti-T. gondii antibodies were evaluated by the serological methods Modified Agglutination Test (MAT) and Imunofluorescence Antibody Test (IFAT), and the molecular technique of Polymerase Chain Reaction (PCR) in 43 blood samples of Africans primates, belonging to the categories of the Old World and New World (Neotropical). Among the 43 samples analyzed, 16 (37.2%) were reactive to IgG anti-T. gondii antibodies, according to the IFAT assay and 10 (23.3%) were reactive to the MAT assay. All samples were negative to PCR test. Risk factors analyses showed that no significant difference (P <0.001) was observed related to gender, age and Old World and Neotropical categories. The results showed a high prevalence of anti-T. gondii antibodies in primates from Municipal Zoo Park, aiming therefore a constant monitoring for infection by periodic serological tests, as well as care related to risk factors, such as the origin of the sand used in the enclosures and the food offered to the animals, as well the proper cleaning of fruits and vegetables supplied to them. Thus, toxoplasmosis should be monitored in zoos environments, especially for the guidance of its employees and attendants by modifying handling sanitary habits of animals as a way to prevent infection for employees as well as the visiting public.