Artículos de revistas
Ciência e literatura na Itália do século XX
Fecha
2010Registro en:
Artefactum, v. 5, p. 34-45, 2010.
1984-3852
ISSN1984-3852-2010-05-34-45.pdf
3083005309004357
0000-0003-4164-0330
Autor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Institución
Resumen
No século XX, os famosos manifestos futuristas inauguraram, polemicamente e com muito ruído, as relações entre as artes (não apenas a literatura, portanto) e a ciência. Mas é sobretudo à tecnologia que os futuristas queriam atrelar as artes. Ao tentar transpor a velocidade das máquinas ao ritmo poético, Marinetti e outros futuristas realizaram operação que, por um lado, inegavelmente “dinamizou” a estrutura poética, por outro, atrelou mecanicamente, sem distanciamento crítico, o que era da esfera exclusiva da ciência e da tecnologia. Para os futuristas, exceção feita para as artes plásticas, o choque diante do advento do automóvel, do avião e dos demais produtos tecnológicos, frutos de um paciente e constante desenvolvimento da ciência a partir de Galileu, implicou em adequação mecânica e meramente estrutural, pelo menos no que diz respeito à poesia.