Tesis
O papel da nominalização no continuum categorial
Fecha
2009-05-27Registro en:
CAMACHO, Roberto Gomes. O papel da nominalização no continuum categorial. 2009. 259 f. Tese (livre-docência) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, 2009.
000638753
camacho_rg_ld_sjrp.pdf
4198947182501852
0000-0002-8897-7953
Autor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Institución
Resumen
A continuidade categorial é uma propriedade indiscutível da linguagem para a tradição funcionalista, que a trata como um verdadeiro universal linguístico. Além de buscar evidência sistemática para a comprovação desse axioma, o principal objetivo deste trabalho é analisar a estrutura argumental da nominalização, num esforço concentrado por demonstrar que esse mesmo princípio universal é metodologicamente útil e teoricamente válido para postular relações intralinguísticas de continuidade categorial mesmo entre classes aparentemente discretas como as de substantivo e verbo. A trajetória percorrida para a sustentação da hipótese da continuidade categorial passa necessariamente pela comprovação de uma hipótese secundária, a de preservação de valência, postulada por Dik (1985; 1997), segundo a qual a estrutura argumental é parte constitutiva da nominalização. Essa busca não teria êxito se a trajetória percorrida não utilizasse um atalho necessário, representado pela teoria prototípica de categorização. De fato, postular a existência de categorias intermediárias, como a de nominalização, implica necessariamente a existência de membros mais prototípicos de uma categoria. A existência de estrutura argumental, que sinaliza a representação de entidades de ordem superior, permite aproximar a nominalização de membros não-prototípicos da categoria dos verbos como formas não-finitas, enquanto a ausência de estrutura argumental, que sinaliza a representação de uma entidade de primeira ordem, permitiu aproximá-lo de membros prototípicos da categoria dos substantivos Category continuity is an undisputable language property for the functionalist tradition, which treats this principle as a true axiom. Besides seeking systematic evidence for confirming this principle, the main objective of this study is to analyze the argument structure of nominalization as an effort to demonstrate that this very principle is both methodologically useful and theoretically valid to postulate intralinguistic relations of category continuity even between such apparently discrete word classes as nouns and verbs. The path for giving support to the category continuity hypothesis necessarily involves confirming a secondary one, that is, the valence preservation hypothesis, as postulated by Dik (1985, 1997), in which the argument structure is a constituent part of nominalization. However, that search would not be so successful if the path did not pass by a necessary shortcut, represented by the prototypical theory of categorization. In fact, to postulate the existence of intermediate categories, such as nominalization, necessarily imply the existence of more prototypical members of that category. The existence of argument structure, which indicates the representation of higher-order entities, allows inserting the nominalization into such nonprototypical members of verbs as non-finite forms, while the absence of argument structure, which indicates the representation of a first-order entity, allows inserting it into the prototypical members of nouns