Tesis
Ecologia e conservação dos tubarões do arquipélago de Fernando de Noronha, com ênfase no tubarão-cabeça-de-cesto Carcharhinus perezi (Poey, 1876) (Carcharhiniformes, Carcharhinidae)
Fecha
2004-01-06Registro en:
GARLA, Ricardo Clapis. Ecologia e conservação dos tubarões do arquipélago de Fernando de Noronha, com ênfase no tubarão-cabeça-de-cesto Carcharhinus perezi (Poey, 1876) (Carcharhiniformes, Carcharhinidae). 2004. xi, 173 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro, 2004.
000211899
garla_rc_dr_rcla.pdf
33004137003P3
Autor
Amorim, Alberto Ferreira [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Institución
Resumen
O presente trabalho visa gerar informações básicas sobre a ecologia e a situação populacional do tubarão-cabeça-de-cesto Carcharhinus perezi, lambarú Ginglymostoma cirratum e tubarão-limão Negaprion brevirostris no Arquipélago de Fernando de Noronha, com ênfase na primeira, por ser numericamente dominante. Utilizou-se a combinação de técnicas de marcação e recaptura e de telemetria ultra-sônica para fornecer informações sobre: estrutura populacional, distribuição espacial dos tubarões e de suas áreas de berçário, época de parto, padrões de movimentação e de utilização do hábitat. Amostras de sangue foram analisadas para caracterização sorológica das espécies. Foi implantado um programa de conscientização e educação sobre a necessidade de conservação dos tubarões, e realizou-se um curso de capacitação em Educação Ambiental para os professores do ensino médio e fundamental. A plataforma insular do arquipélago é utilizada como área de parto e de crescimento de jovens pelas três espécies de tubarões. Carcharhinus perezi apresenta maior segregação espacial por tamanho. Não ocorre segregação espacial em Ginglymostoma cirratum e Negaprion brevirostris pois foram observados indivíduos neonatos, jovens e adultos freqüentando a região próxima à linha costeira do arquipélago. Os tubarões utilizam com menor freqüência o trecho da Área de Proteção Ambiental (APA) do arquipélago, o que possivelmente está relacionado à intensificação da utilização humana e a indícios de empobrecimento biológico da região nos últimos anos. O monitoramento por telemetria mostra que: os tubarões jovens são residentes em trechos específicos do arquipélago; eles podem ser ativos a qualquer horário do dia, mas os maiores espaços de atividade e deslocamentos ocorrem à noite; aparentemente não existem variações sazonais... The aim of the present study is to provide basic data on the ecology and population status of the reef-shark Carcharhinus perezi, nurse-shark Ginglymostoma cirratum and lemon-shark Negaprion brevirostris at Fernando de Noronha archipelago, with special reference to Carcharhinus perezi, due to its numerical dominance. A combination of mark and recapture and ultrasonic telemetry methods were used to gather data on: the population structure, spatial distribution of the sharks, location of the nursery grounds, parturition time, patterns of movement and habitat use. Blood samples were analyzed for a serological characterization of the species. An educational program was established to increase the community awareness about shark conservation, and a capacitating course on Environmental Education was offered to teachers of the local school. The archipelago s insular shelf is used as a parturition and growing ground for young sharks of the three species. Carcharhinus perezi shows size segregation. Size segregation was not observed in Ginglymostoma cirratum and Negaprion brevirostris, and neonate, young and adult sharks of these species were observed to frequent shallow waters of the archipelago. Sharks rarely frequent the archipelago s Environmental Protection Area (EPA), which is probably related to an intensification of human use and evidences of biological impoverishment of this site in recent years. The telemetry monitoring shows that: the young sharks are resident and present site fidelity to specific portions of the archipelago; they may be active at any time of the day, but the larger activity spaces and excursions occur at night; apparently there is no seasonal variation in activity spaces and habitat use; and larger sharks have more extensive activity spaces. The main problems for the management and conservation of the sharks are:... (Complete abstract click electronic access below)