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Marxismo e filosofia: algumas considerações sobre os textos políticos Merleau-Pontyanos do pós-guerra
Fecha
1987-01-01Registro en:
Trans/Form/Ação. Universidade Estadual Paulista, Departamento de Filosofia , v. 9-10, p. 21-39, 1987.
0101-3173
10.1590/S0101-31731987000100004
S0101-31731987000100004
S0101-31731987000100004.pdf
Autor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Institución
Resumen
A tentativa merleau-pontyana de aproximação do marxismo, empreendida nos idos do pós-guerra, é perpassada por constante ambigüidade. Não obstante o propósito do filósofo de se filiar à teoria de Marx, suas análises políticas revelam-se distantes de suas intenções. Concebendo a história como uma aventura que escapa a qualquer esquema racional, Merleau-Ponty questiona, desde seus primeiros escritos, a dialética marxista entre lógica e contingência na história. A tensão interna que dilacera os textos do autor nos anos 40, anunciando (e preparando) a recusa da teoria da revolução estampada mais tarde nas Aventuras da Dialética, permite indagar se esse desfecho dos anos 50 não teria sido, ao invés de um corte no interior da obra, o resultado necessário dessa tentativa problemática de aproximação do marxismo a partir de categorias que lhe são estranhas (próprias às filosofias da existência e à fenomenologia). Merleau-Ponty's attempt to approach Marxism, undertaken in the post-war years, is passed through by continuous ambiguity. Notwithstanding the philosopher's purpose of joining the Marxist theory, his political analysis are far from his intentions. Conceiving history as an adventure which escapes any rational scheme, Merleau-Ponty questions, since his first writings, Marxist dialectics between logic and contingency in history. The inner tension that lacerates the author's texts during the 40's, proclaiming (and preparing) the refusal of the theory of revolution, which would later appear in The Adventures of the Dialectics, permits us to inquire wheter the dénouement of the 50's would not have been - instead of a cutting in the heart of the work - the necessary result of this problematic attempt to approach Marxism, departing from categories which are alien to it (suitable to philosophies of existence and to phenomenology).