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Prevalência e localização espacial dos casos de tracoma detectados em escolares de Botucatu, São Paulo - Brasil
Fecha
2010-08-01Registro en:
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. Conselho Brasileiro de Oftalmologia, v. 73, n. 4, p. 358-362, 2010.
0004-2749
10.1590/S0004-27492010000400012
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WOS:000282878100012
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Autor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Universidade de São Paulo (USP)
Hospital Estadual de Bauru
Centro de Vigilância Epidemiológica Prof. Alexandre Vranjac
Institución
Resumen
OBJETIVO: Avaliar a prevalência de tracoma em escolares de Botucatu/SP-Brasil e a distribuição espacial dos casos. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal, em crianças de 7-14 anos, que frequentavam as escolas do ensino fundamental de Botucatu/SP, em novembro/2005. O tamanho da amostra foi estimado em 2.092 crianças, considerando-se a prevalência histórica de 11,2%, aceitando-se erro de estimação de 10% e nível de confiança de 95%. A amostra foi probabilística, ponderada e acrescida de 20%, devido à possível ocorrência de perdas. Examinaram-se 2.692 crianças. O diagnóstico foi clínico, baseado na normatização da Organização Mundial da Saúde (OMS). Para avaliação dos dados espaciais, utilizou-se o programa CartaLinx (v1.2), sendo os setores de demanda escolar digitalizados de acordo com as divisões do planejamento da Secretaria de Educação. Os dados foram analisados estatisticamente, sendo a análise da estrutura espacial dos eventos calculadas usando o programa Geoda. RESULTADOS: A prevalência de tracoma nos escolares de Botucatu foi de 2,9%, tendo sido detectados casos de tracoma folicular. A análise exploratória espacial não permitiu rejeitar a hipótese nula de aleatoriedade (I= -0,45, p>0,05), não havendo setores de demanda significativos. A análise feita para os polígonos de Thiessen também mostrou que o padrão global foi aleatório (I= -0,07; p=0,49). Entretanto, os indicadores locais apontaram um agrupamento do tipo baixo-baixo para um polígono ao norte da área urbana. CONCLUSÃO: A prevalência de tracoma em escolares de Botucatu foi de 2,9%. A análise da distribuição espacial não revelou áreas de maior aglomeração de casos. Embora o padrão global da doença não reproduza as condições socioeconômicas da população, a prevalência mais baixa do tracoma foi encontrada em setores de menor vulnerabilidade social. PURPOSE: To assess the prevalence of trachoma in schoolchildren of Botucatu/ SP-Brazil and its spatial distribution. METHODS: Cross-sectional study in children aged from 7 to 14 years, who attended elementary schools in Botucatu/SP in November/2005. The sample size was estimated in 2,092 children, considering the 11.2% historic prevalence of trachoma, accepting an estimation error of 10% and confidence level of 95%. The sample was random, weighted and increased by 20%, because of the possible occurrence of losses. The total number of children examined was 2,692. The diagnosis was clinical, based on WHO guidelines. For the evaluation of spatial data, the CartaLinx program (v1.2) was used, and the school demand sectors digitized according to the planning divisions of the Department of Education. The data were statistically analyzed, and the analysis of the spatial structure of events calculated using the Geode program. RESULTS: The prevalence of trachoma in schoolchildren of Botucatu was 2.9% and there were cases of follicular trachoma. The exploratory spatial analysis failed to reject the null hypothesis of randomness (R= -0.45, p>0.05), with no significant demand sectors. The analysis for the Thiessen polygons also showed that the overall pattern was random (I= -0.07, p=0.49). However, local indicators pointed to a group of low-low type for a polygon to the north of the urban area. CONCLUSION: The prevalence of trachoma in schoolchildren in Botucatu was 2.9%. The analysis of the spatial distribution did not reveal areas of greater clustering of cases. Although the overall pattern of the disease does not reproduce the socio-economic conditions of the population, the lower prevalence of trachoma was found in areas of lower social vulnerability.