Dissertation
O curso técnico em farmácia na ETSUS-SP: contribuições para o debate
Fecha
2009Registro en:
Rio de Janeiro s.n 2009 xiv,123p
BR526.1; R615.372, G791c
Autor
Greco, Maria Cecília Machado
Institución
Resumen
Historicamente, a situação da assistência farmacêutica no município deSão Paulo sempre foi deficitária, principalmente no que diz respeito à qualidade da formação técnica de seus recursos humanos, assim como também no que se refere à quantidade destes, que atua nas farmácias das Unidades de Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Diante desse quadro, a área técnica de assistência farmacêutica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a coordenação do Curso Técnico em Farmácia da Escola Técnica do Sistema Único de Saúde do município de São Paulo (ETSUS-SP) e farmacêuticos do município optaram por formar técnicos para a área, profissionalizando os funcionários sem formação específicaque atuavam nas farmácias das unidades de saúde. O currículo do Curso Técnico em Farmácia foi criado com base no processo de trabalho desenvolvido nas farmácias das unidades de saúde. Foi estruturado em módulos, com uma carga horária total de 1.200 horas e 200 horas de estágio supervisionado. No período de 2006 a 2008 seis turmas concluíram o curso, tendo sido formados 140 trabalhadores. O presente estudo teve como objetivo analisar o Curso Técnico emFarmácia da ETSUS-SP, por meio do levantamento das opiniões dos egressos e docentes. Realizou-se uma pesquisa de abordagem quanti-qualitativa executada na região sudeste do município de São Paulo, com a utilização de questionário aplicado aos egressos e de entrevista semiestruturada feita com os docentes da turma finalizada em 2007. Pelos resultados obtidos nesta pesquisa, verificou-se que o Curso Técnico em Farmácia atendeu a sua finalidade, qual seja, a de formar trabalhadores para as farmácias do SUS, entendendo ser a farmácia um estabelecimento de saúde e que necessita de profissionais com formação específica. No entanto, de acordo com os docentes e de 70 por cento dos egressos, o curso deve sofrer reformulação, sobretudo no tocante a sua atualização. Como proposta de ação, sugeriu-se uma oficina de trabalho para a reelaboração do currículo. Nesta pesquisa ficou constatado que apesar de a Secretaria Municipal da Saúde, por meio da ETSUS-SP, oferecer oportunidade de formação técnica adequada, os profissionais titulados muitas vezes não são aproveitados na nova área. Ficou demonstrado também que não há incentivo financeiro para continuarem atuando na área e que a contratação por concurso público não semostra atrativa, pois são funcionários antigos de outras carreiras.