Article
Práticas alimentares no primeiro ano de vida de filhos de adolescentes
Fecha
2010Registro en:
CRUZ, Myrian Coelho Cunha da; ALMEIDA, João Aprigio Guerra de; ENGSTROM, Elyne Montenegro. Práticas alimentares no primeiro ano de vida de filhos de adolescentes. Rev. Nutr., Campinas, SP, v. 23, n. 2, p. 201-210, mar./abr. 2010.
1678-9865
Autor
Cruz, Myrian Coelho Cunha da
Almeida, João Aprigio Guerra de
Engstrom, Elyne Montenegro
Institución
Resumen
Objetivo
Estudar as práticas alimentares de menores de um ano, filhos de adolescentes, residentes no município de
Volta Redonda (RJ).
Métodos
Estudo transversal com 1.014 crianças selecionadas aleatoriamente na Campanha de Multivacinação de 2006,
com aplicação de questionário fechado (recordatório de 24h). Foram analisadas características das mães e de
seus filhos. As prevalências de aleitamento materno, aleitamento materno exclusivo, aleitamento materno
predominante, a oferta de outros leites, a alimentação no primeiro dia em casa, a alimentação complementar
oportuna, a oferta de sólidos ou semi-sólidos, e o uso de chupetas e mamadeiras foram investigadas.
Resultados
As prevalências aleitamento materno, aleitamento materno exclusivo e aleitamento materno predominante
foram 85,5%, 32,0% e 9,6%, respectivamente, sem diferenças entre filhos de adolescentes e adultas. A oferta
de outros leites, entretanto, foi significativamente maior junto aos filhos de adultas (45,3%, contra 31,2%
observados entre adolescentes). Maiores de seis meses, filhos de adolescentes, revelaram menor prevalência
de aleitamento materno que os de adultas (49,2% e 66,0%, respectivamente), assim como maior frequência
no uso de chupetas, com diferenças significativas. A alimentação complementar foi similar entre filhos de
adolescentes e adultas, com predominância da oferta de sopas ou papas. Carne e feijão foram utilizados com
mais frequência em sólidos.
Conclusão
Não foram observadas diferenças no aleitamento considerando a variável idade materna, adolescente ou não,
antes de seis meses de vida e sim após esse período. Nos maiores de seis meses, chama também a atenção o maior no uso de chupetas, assim como a oferta e as características da alimentação complementar de filhos de
adolescentes. Estudos de natureza compreensiva mostram-se necessários.