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Gênero, morbidade, acesso e utilização de serviços de saúde no Brasil
Fecha
2002Registro en:
PINHEIRO, Rejane Sobrino et al. Gênero, morbidade, acesso e utilização de serviços de saúde no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 7, n. 4, p. 687-707, 2002.
1413-8123
Autor
Pinheiro, Rejane Sobrino
Viacava, Francisco
Travassos, Claudia Maria de Rezende
Brito, Alexandre dos Santos
Institución
Resumen
O objetivo deste trabalho é analisar o perfil de morbidade referida, acesso e uso de serviços de saúde em homens e mulheres no Brasil, segundo idade e região urbana e rural. Os dados da PNAD/98 mostram que as diferenças de gênero na morbidade variam com a idade: desfavoráveis aos meninos até os 10 anos e desfavoráveis às mulheres a partir dos 15 anos, aumentando até os 64 anos e reduzindo após esta idade. A alta prevalência de atendimento indica que as barreiras de acesso dos que procuram serviços de saúde são pequenas. No entanto, o elevado percentual de não procura face às necessidades percebidas sugere que as barreiras de acesso são anteriores e dependem da oferta. A cobertura por planos de saúde é bem maior na região urbana, mas não há diferenças de gênero significantes nas regiões. As diferenças entre homens e mulheres nas taxas de uso curativo são pequenas, se comparadas com as de uso preventivo, maiores para as mulheres, assim como as taxas de internação, mesmo excluindo os partos. O financiamento das internações não foi diferente entre homens e mulheres, ao contrário do financiamento de outros tipos de atendimento: maior cobertura por planos para mulheres na região urbana; na região rural, maior uso do SUS para as mulheres e maior desembolso de recursos próprios para os homens.