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Revisão sistemática sobre encadeamento ou linkage de bases de dados secundários para uso em pesquisa em saúde no Brasil
Fecha
2006Registro en:
SILVA, J. P. L. et al. Revisão sistemática sobre encadeamento ou linkage de bases de dados secundários para uso em pesquisa em saúde no Brasil. Cadernos Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, n. 2, p. 197-224, 2006.
1414-462X
Autor
Silva, João Paulo Lyra da
Travassos, Claudia Maria de Rezende
Vasconcellos, Miguel Murat de
Campos, Linair Maria
Institución
Resumen
Objetivo: Traçar um panorama da utilização da técnica de encadeamento de arquivos
na área de Saúde Pública no Brasil de modo a gerar subsídios para seu aprimoramento
e melhor emprego. Método: revisão sistemática de publicações de estudos sobre o
Brasil na área de Saúde Pública que empregaram essa técnica. Incluídos estudos com Sistemas de Informação em Saúde do Sistema Único de Saúde (SIS-SUS) que
objetivaram agregar, à informação disponível em um banco de dados sobre um indivíduo, outros dados sobre este mesmo indivíduo. Excluídos estudos em que o SISSUS foi encadeado somente a bases com agregação de dados de âmbito geográfico e de avaliação da qualidade dos dados a partir de fontes de dados dependentes.
A unidade de análise foi o estudo. Neles foram analisados o desenho, os objetivos, as
bases de dados encadeadas e em relação ao encadeamento os programas de computação
utilizados, questões metodológicas relevantes, informações sobre sua validade e a qualidade dos dados nos bancos nele utilizados. Resultados: Identificadas 71 publicações referentes a 40 estudos. 28 estudos classificados como epidemiológicos. Predominaram o desenho de coorte, o uso de arquivos do SIM, do SINASC, algoritmos determinísticos e o tema mortalidade infantil, especialmente a neonatal. Nove estudos preocuparam-se com o planejamento e gestão dos sistemas e serviços de saúde. Seis objetivaram o desenvolvimento da técnica de encadeamento de arquivos e 6 analisar a qualidade dos dados das bases encadeadas. Trinta e um estudos informaram sobre a acurácia dos dados, 24 sobre a precisão, 34 sobre a completeza, 33 sobre a confiabilidade, e 31 sobre a atualidade dos dados nos bancos encadeados. Só foi possível obter informação sobre o percentual de pares verdadeiros não encontrados em 23 estudos e sobre revisão manual após o encadeamento automático em 28. Discussão: O crescimento do uso da técnica coincide com a implantação do SINASC e com a intensificação do uso das
bases de dados do SIH-SUS na saúde coletiva. Mais temas poderiam ter sido abordados
empregando-a para gerar, a baixo custo, conhecimento importante para o aprimoramento da Saúde. O data warehouse é ferramenta de grande valia para uma política abrangente de educação, comunicação e informação em Saúde.