Tesis
Ensaio clínico randomizado, controlado, comparando os resultados da bromoprida, metoclopramida e ondansetron aplicados intramuscular em dose única para o tratamento de vômitos em um pronto socorro pediátrico
Fecha
2015Autor
Stein, Renato Tetelbom
Resumen
Objective: To compare the effectiveness of single-dose intramuscular bromopride, metoclopramide, and ondansetron for the treatment of vomiting in a pediatric emergency department setting. Methods: Randomized controlled trial of children who presented with vomiting due to gastroenteritis at the pediatric emergency department of Hospital Universitário de Santa Maria from August 2013 to June 2014. Children aged 1 to 12 years were randomized to receive a single intramuscular dose of bromopride or metoclopramide (up to 10 mg) or ondansetron (up to 8 mg) 0. 15 mg/kg. After administration of the antiemetic drug, children remained under observation for at least 1 hour. Children who were discharged after the observation period were subsequently monitored by their parents or caregivers at home for 24 hours and contacted via telephone for assessment of the results of antiemetic therapy. The following parameters were compared across treatment groups: time to cessation of vomiting within 1, 6, and 24 hours; acceptance of oral rehydration therapy; intravenous fluid replacement; return to hospital; and adverse effects attributable to the antiemetic. All parents or caregivers were given information on the antiemetic treatment that would be provided and signed an informed consent form authorizing the child's participation in the study. Results: Of 180 children randomized, 175 completed the trial. Within 1 hour of antiemetic administration, cessation of vomiting had been achieved in 96. 6% of children given bromopride, 94. 8% of those given metoclopramide, and 100% of those given ondansetron (p=0. 312). Six hours after administration, bromopride was found to cease vomiting in 216±114 minutes, metoclopramide in 150±168 minutes, and ondansetron in 72±54 minutes (p=0. 011). Cessation of vomiting at 24 hours was achieved in 67. 8% of children given bromopride, 67. 2% of those given metoclopramide, and 96. 6% of those given ondansetron (p=0. 002). Children in the ondansetron group accepted more fluid replenishment orally (200 ml) than those given bromopride or metoclopramide (150 ml and 100 ml respectively) (p=0. 034). Eleven children ultimately required intravenous fluids: five in the bromopride group and six in the metoclopramide group. Within 1 hour of antiemetic administration, only 24. 1% of children in the ondansetron group reported adverse effects (somnolence, diarrhea, fatigue, restlessness, feeling hot), whereas 42. 4% and 44. 8% of children in the bromopride and metoclopramide groups respectively reported somnolence (p=0. 034). At 24 hours, there were no significant differences in adverse effects across the three groups (p=0. 357).Conclusion: In a pediatric emergency department setting, ondansetron is superior to bromopride and metoclopramide for treatment of vomiting. Ondansetron was associated with cessation or reduction of vomiting both within 1 hour of administration and at 6 and 24 hours. Bromopride and metoclopramide were both effective, but were associated with somnolence, an adverse effect that can prolong observation time in the emergency department and thus increase hospital costs. Objetivo: Avaliar os resultados dos antieméticos aplicados via intramuscular, bromoprida, metoclopramida e ondansetron em dose única para o tratamento de vômitos em um pronto socorro pediátrico.Métodos: Ensaio clínico randomizado e controlado, envolvendo crianças que consultaram por vômitos, devido à gastroenterite, no serviço de Emergência Pediátrica no Hospital Universitário de Santa Maria, no período de agosto de 2013 a junho de 2014. Foram randomizadas crianças com idades entre 1 a 12 anos, para receber dose única de bromoprida via intramuscular ou metoclopramida via intramuscular (máximo 10mg); ou ondansetron (máximo 8mg) na dose de 0,15mg/kg via intramuscular. A criança após receber o antiemético permanecia em observação por no mímimo 1 hora. Após a reavaliacão clínica as crianças que recebiam alta eram monitorizadas pelo familiar no domicílio durante 24 horas, e contactados por via telefônica para avaliar o resultado do tratamento antiemético recebido. Os grupos foram comparados em relação a tempo para cessar os vômitos dentro de 1, 6 e 24 horas; aceitação de líquidos orais; reidratação endovenosa; retorno ao hospital e efeitos colaterais relacionados aos antieméticos. Os familiares após devidamente informados sobre o tratamento antiemético que a criança seria submetida, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, permitindo a participação do filho no estudo. Resultados: Das 180 crianças randomizadas, 175 completaram o estudo. Na primeira hora após medicar, a bromoprida teve 96,6% de eficácia na cessação dos vômitos, a metoclopramida, 94,8% e o ondansetron 100%, (p= 0,312). Em 6 horas, à bromoprida cessou o vômito em 216±114 minutos, à metoclopramida em 150±168 minutos e o ondansetron 72±54 minutos, (p=0,011). Em 24 horas, a cessação dos vômitos ocorreu em 67,8% com bromoprida, 67,2% com metoclopramida e 96,6% com ondansetron (p=0,002). O grupo ondansetron aceitou melhor os líquidos orais, 200 ml, comparado à bromoprida, 150 ml e à metoclopramida, 100 ml (p=0,034). Onze crianças necessitaram de hidratação endovenosa: 5 no grupo bromoprida e 6 no metoclopramida. Sessenta minutos após medicar, apenas 24,1% do grupo ondansetron apresentaram efeitos colaterais (sonolência, diarreia, cansaço, inquietação, sensação de calor),enquanto que os grupos bromoprida e metoclopramida apresentaram associação com sonolência, 42,4% e 44,8%, respectivamente, p=0,034. Os efeitos colaterais em 24hs não apresentaram diferença estatística significativa entre os três grupos, p=0,357.Conclusão: Existem benefícios nos resultados para tratamento de vômito em pronto socorro pediátrico com o uso do ondansetron em relação à bromoprida e à metoclopramida. O ondansetron mostrou-se associado na cessação ou redução dos vômitos após medicar tanto na primeira hora, quanto nas próximas 6 e 24 horas. A bromoprida e a metoclopramida foram consideradas eficazes, mas apresentava associação com sonolência, efeito colateral que pode determinar um maior tempo de observação em sala de emergência e aumentar os custos hospitalares.