Tesis
Influência de diferentes cargas de cimentação na resistência de união de cimentos resinosos à dentina
Fecha
2012Autor
Oshima, Hugo Mitsuo Silva
Resumen
Este trabalho avaliou a influência de diferentes cargas de cimentação na resistência de união de cimento resinoso convencional e autoadesivo. Para isso, foram selecionados 42 molares humanos hígidos. Os dentes foram desgastados em politriz até a remoção de esmalte. Os dentes tiveram suas raízes embutidas em resina acrílica autopolimerizável. Foram confeccionadas pastilhas de resina composta (Filtek Z 350 XT, 3M ESPE), conforme as orientações do fabricante. Para cimentação com cimento resinoso convencional Rely X ARC (3M ESPE) – Grupo 1 foi realizado condicionamento ácido da superfície (ácido fosfórico 37%), lavagem, secagem com algodão, aplicação de duas camadas de adesivo (Adper Single Bond 2) e fotoativação através de um fotopolimerizador de luz halógena, seguido da manipulação e da aplicação do cimento, conforme orientações do fabricante. Já a cimentação com o cimento resinoso autoadesivo RelyX U100 (3M ESPE) – Grupo 2 foi feita em dentina úmida, manipulação e aplicação do cimento de acordo com orientações do fabricante. Em ambos os grupos, o bloco de resina composta foi posicionado sobre o cimento com carga de 10 N, 30 N e 60 N pelo tempo de dois minutos e fotoativado pelo tempo de 160 segundos (3M ESPE). As amostras foram armazenadas por 24 horas em 100% de umidade a 37°C. As restaurações foram incluídas com resina acrílica autopolimerizável e submetidas a cortes seriados, obtendo-se o formato de prismas. Os espécimes (n=15 para cada carga) ficaram divididos conforme o cimento e a carga utilizados. Após, foram submetidos ao teste de resistência de união a microtração na máquina de ensaios universal EMIC DL-2000. Além disso, dois conjuntos de cada grupo foram seccionados no sentido mésio-distal, com um disco diamantado de dupla face. As superfícies foram polidas com lixas de carbeto de silício, seguido de polimento com pastas diamantadas. As amostras foram desmineralizadas, desproteinizadas, secadas, metalizadas e observadas em microscópio eletrônico de varredura em aumento de 1.000 a 4.000 vezes. Os resultados foram submetidos à Análise de Variância e ao teste de Tukey HSD. A carga de 30N apresentou o maior valor de resistência de união em ambos os grupos, sendo 17,27 ± 5.33 MPa no Grupo 2 (dois) e 15,33 ± 2.75 MPa no Grupo 1 (um). Já a carga de 10 N apresentou valores intermediáriários de resistência de união, sendo (9,47 ± 4.07 MPa) para o Grupo 2 (dois) e (9,36 ± 5.08) para o Grupo 1 (um). A carga de 60 N foi a que apresentou menores valores de resistência de união (9,47 ± 2.64 MPa) para o Grupo 2 (dois) e (9,36 ± 2.49) para o Grupo 1 (um). Houve diferença estatística entre a carga de 30 N do Grupo 2 (dois) e a carga de 60 N do Grupo 1 (um) e também entre a carga de 30 N do Grupo 2(dois) com a carga de 60 N do Grupo 2 (dois). O tipo de fratura foi analisado através de imagens obtidas em MEV e a falha do tipo mista foi predominante em ambos os grupos e cargas. Os resultados sugerem que diferentes cargas de cimentação podem interferir na resistência de união do cimento resinoso RelyX ARC e Rely X U100. This study evaluated different loads during the cementation on the microtensile bond strength of conventional and self-adhesive resin cement. Fortytwo extracted caries-free molars were selected. Flat coronal dentin surfaces were exposed until the removal of enamel. The selected teeth were embedded in autopolymerized acrylic resin. Composite resin discs (Filtek Z 350 XT, 3M ESPE) were made according to the manufacturer´s instructions. Luting procedures with Rely X ARC - Group 1 (3M ESPE) were made with etched with 37% phosphoric acid gel, rinsed with water and the excess dentin moisture was removed and were applied two consecutive coats of the adhesive (Adper Single Bond 2) and light cured with halogen light (3M ESPE). Immediately the cement was manipulated according to the manufacturer’s instructions and the composite discs were placed under 10N, 30N or 60N static load for 2 minutes. Specimens were light cured for a total of 160 seconds. Luting procedures with Rely X U100 (3M ESPE) - self-adhesive resin cement - Group 2 were made with moist dentin, the cement was manipulated according to the manufacturer’s instructions, following the same protocol of the luting procedures of conventional resin cement. The bonded specimens were stored in water at 37ºC for 24 hours. The restorations were embedded in autopolymerized acrylic resin and then longitudinally sectioned in the “x” and “y” directions perpendicular to the bonded interface to produce rectangular bonded sticks. Specimens (n=15) were divided according to cement and the load. The microtensile bond strength was conducted on a mechanical testing machine EMIC DL-2000. In order to evaluate the hybrid layer, two teeth of each group were cut perpendicular to the bonding interface, exposing the middle of the teeth. The surfaces were flatted and followed by polished and a dehydration process. Specimens were sputter coated with gold and examined with a scanning electron microscope (SEM) at a x1000 to a x4000 magnification. Data were subjected to Analysis of Variance and Tukey’s test (p<0.05). The load of 30 N showed the best mean of the microtensile bond strength of the both groups (17,27 ± 5,33 MPa to group 1 and 15,33 ± 2,75 MPa to group 2). The load of 10 N of group 2 showed intermediary values (9,47 ± 4,07 MPa) followed by load of 10N (9,36 ± 5,08 MPa) and 60N of group 1 (7,84 ± 2,49 MPa). The load of 60N of group 2 resulted in the lowest values (7,34 ± 2,64 MPa). The mode of failure was determined using SEM and the mixed failure werer predominant in all groups. The results suggest that different load during the luting procedures can interfere on the bond strength of resin cements.