Artículos de revistas
“Saúde e Fraternidade!”: ecos e leituras da proclamação da República Portuguesa em terras africanas.
Registro en:
10.22456/1983-201X.45564
Autor
Zamparoni, Valdemir
Resumen
Este artigo pretende discutir os sentidos e implicações do termo “Republica” em Portugal e suas então colônias de Angola e Moçambique, assim como as expectativas em torno da proclamação da República Portuguesa em 1910. O artigo demonstra que as esperanças nutridas pelos “nativos” das terras coloniais se frustraram muito rapidamente. A propaganda oficial, formalmente republicana, foi suplantada pelo pragmatismo administrativo e os sucessivos governadores coloniais agiram no sentido de fortalecer e aprofundar o projeto imperial e suas políticas governativas gestadas no período da Monarquia. Eles tentaram expandir e assegurar sobretudo o controle direto sobre terras e gentes, causando expropriação, marginalização, racismo e exclusão social. – práticas claramente opostas aos ditames republicanos os quais alegadamente eram defendidos por Portugal.