Artículos de revistas
O gaúcho de José de Alencar e a nação como projeto: “romantismo político” à brasileira?
Registro en:
10.22456/1981-4526.16084
Autor
Zalla, Jocelito
Resumen
O romantismo literário vigente no século XIX no Brasil deu os primeiros passos na longa caminhada em direção à nação. Nesse sentido, podemos citar o escritor José de Alencar como um dos precursores da tarefa, seguida por gerações de intelectuais, de conferir à unidade política do país imagens de um passado comum, diverso, mas integrado. O objetivo desse trabalho é testar os apontamentos de Michael Löwy e Robert Sayre sobre o “romantismo político” para o projeto de invenção da nação posto em prática na literatura de José de Alencar, através da leitura do livro O Gaúcho, publicado, originalmente, em 1870. Tais autores definem o termo como uma “crítica da sociedade burguesa que se inspira em uma referência ao passado pré-capitalista”. Trata-se, então, de averiguar e analisar os índices políticos do texto, expressos em sua composição formal, como a crítica ao progresso, a nostalgia do tempo perdido, a construção do “bom selvagem” pampiano e a projeção romântica de futuro baseada no passado mítico.