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Folia de Reis in Minas Gerais: Between Catholic symbols and Africans ambiguities
Folia de reis em Minas Gerais: entre símbolos católicos e ambiguidades africanas
Registro en:
10.22456/1982-2650.44454
Autor
Neder, Andiara Barbosa
Resumen
This article seeks to understand the relationships between religious narrowing Folia de Reis, expressions related to popular Catholicism (or santorial) and religiosity of African origin. In the field to be researched, the city of Leopoldina, Minas Gerais, there is the Maú’s Folia formed by a black family and Umbanda followers, devotees of St. Sebastian. Among the many rituals, there is the delivery of the flag in a center of Umbanda, held on January 20, feast of St. Sebastian in the Catholic liturgical calendar. Therefore, this Folia is characterized both as a practice of santorial Catholicism, and as Umbanda religious expression. In turn, the clown, character of so much expression and popularity, is understood by the Catholic looking as King Herod, or even the devil, bears analogies with Exu symbolically. The idea that the traces of african-Brazilian religion and santorial Catholicism are intimately linked guides this communication. Through conversations and interviews, analysis of images in the center of Umbanda rituals at Dona Maú’s home, and of Clowns’ fouls, we seek to understand the relevance of the Masked Revelry as a product of this process of cultural synthesis. So, in that context, his marginal position gives rise to the eminence as a representative of this synthesis and as a character of great notoriety and sympathy with assistance. O presente artigo busca compreender as relações de estreitamento religioso entre a Folia de Reis, manifestação relacionada ao catolicismo popular (ou santorial) e a religiosidade de matriz africana. No campo a se pesquisar, o município de Leopoldina, Minas Gerais, está a Folia da Maú, formada por uma família negra e umbandista, devotos de São Sebastião. Entre os diversos rituais, está a entrega da bandeira em um centro de umbanda, realizado no dia 20 de janeiro, dia de São Sebastião no calendário litúrgico católico. Portanto, essa Folia se caracteriza tanto como uma prática do catolicismo santorial, quanto expressão religiosa da umbanda. O palhaço por sua vez, o brincante de tanta expressão e popularidade, entendido pelo viés católico como o Rei Herodes, ou até mesmo o próprio diabo, simbolicamente possui analogias com Exu. Orienta essa comunicação, a ideia de que os traços da religiosidade afro-brasileira e do catolicismo santorial estão imbricados intimamente. Por meio de conversas e entrevistas, análise das imagens rituais no centro de umbanda e na casa de Dona Maú, e da chula dos palhaços, procura-se entender a relevância do mascarado da Folia como produto desse processo de síntese cultural. Portanto, nesse contexto sua posição marginal dá lugar à eminência como representante dessa síntese e como brincante de grande notoriedade e simpatia junto à assistência.