dc.description | Em um contexto de imersão na linearidade do mundo contemporâneo em que nos encontramos submersos na homogeneidade monocultural, a sinuosidade das diversidades se apresentam como desafio às categorias da objetividade, que ora conduzem a lógica das grandes avenidas do pensamento. Enquanto isso, nas adjacências e interstícios que circunscrevem esta realidade, (re)existem outras formas de pensar e ver o mundo. No interior do Brasil, mais especificamente, nas margens do rio Araguaia, no norte do estado do Mato Grosso, o Povo Karajá, desde tempos imemoriais, existem, resistem e persistem em continuar marcando e demarcando a sua forma de estar no mundo. Assim, na confluência e encruzilhada com o ser ocidental, os Sujeitos Karajá se (des)encontram no rebojo de movimentos que geram tensões e distensões, fluxos e refluxos no devir de suas vidas cotidianas. Neste contexto, este trabalho, investiga, versa e se exercita na alteridade do estar sendo da cultura Karajá, buscando rastrear na confluência e nos entremeios da cultura, geocultura e interculturalidade, a compreensão de como se sentem os Karajá, no entrecruzamento de horizontes culturais, do ser e do estar. Com esta intenção, inspiro-me na antropologia filosófica de Rodolfo Kusch em diálogo com a doxologia da vida cotidiana do estar sendo Karajá. | pt-BR |