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CHANGES IN COGNITIVE PROCESSING IN OLDER ADULTS: deficits or adaptive strategies?
MUDANÇAS NO PROCESSAMENTO COGNITIVO EM ADULTOS IDOSOS: DÉFICITS OU ESTRATÉGIAS ADAPTATIVAS?
Autor
Fonseca, Rochele Paz
Ska, Bernadette
Scherer, Lilian Cristine
de Oliveira, Camila Rosa
Parente, Maria Alice de Mattos Pimenta
Joanette, Yves
Resumen
This theoretical article aims to discuss the nature of the cognitive changes emerged from healthy aging, searching for answers to the following question “Do the changes in elderly adults’ cognition represent deficits?” Normal aging is accompanied by changes in cognitive functioning. The most frequent changes encompass some memory, attention and visuo-spatial components. These changes are modulated by the cognitive reserves possessed by individuals and by the way these individuals continue to maintain and explore them. Due to brain plasticity, adaptations continue to occur as to maintain the same level of cognitive processing. These adaptations tend to be considered as evidence of cognitive decline, representing a negative connotation brought by chronological development. They may as well be understood as an index of cognitive strategies’ application, which corresponds to a non-pejorative developmental notion. After a critical-reflexive analysis of the literature, the initial question about the adaptive or deficits characteristic of the cognitive changes emerging from aging seems to point to an answer against the notion that all changes in cognition represent a deficit. Thus, the concept of the occurrence of strategies’ adaptations to maintain cognitive processing is reinforced. O presente ensaio teórico visa a discutir a natureza das mudanças cognitivas advindas do envelhecimento saudável, em busca de respostas para o questionamento “As mudanças na cognição de adultos idosos representam déficits”? O envelhecimento normal é acompanhado de modificações no funcionamento cognitivo. As mais freqüentes englobam alguns componentes da memória, da atenção, das habilidades visuo-espaciais. Tais mudanças são moduladas pelas reservas cognitivas de que os indivíduos dispõem e pela maneira como estes continuam a mantê-las e explorá-las. Devido à plasticidade cerebral, seguem havendo adaptações durante o envelhecimento para que um mesmo nível de processamento cognitivo seja mantido. Essas adaptações tendem a ser consideradas como evidências de um declínio cognitivo, caracterizando uma conotação mais negativa do desenvolvimento cronológico. Podem, ainda, ser compreendidas como um indício da aplicação de estratégias cognitivas, o que corresponde a uma noção desenvolvimental não pejorativa. Após uma análise crítico-reflexiva da literatura, o questionamento inicial sobre o caráter deficitário ou adaptativo das mudanças cognitivas com o avançar da idade parece rumar para a resposta contra a noção de que todas as modificações na cognição representam um déficit. Assim sendo, a concepção da ocorrência de uma adaptação de estratégias para a manutenção do processamento cognitivo é reforçada.