info:eu-repo/semantics/article
CÂMBIO, INFLAÇÃO, JUROS E RESERVAS NA TRANSIÇÃO DE REGIMES CAMBIAIS: UMA INVESTIGAÇÃO ECONOMÉTRICA PARA O BRASIL
CÂMBIO, INFLAÇÃO, JUROS E RESERVAS NA TRANSIÇÃO DE REGIMES CAMBIAIS: UMA INVESTIGAÇÃO ECONOMÉTRICA PARA O BRASIL
Autor
Vieira, Flávio Vilela
Cardoso, Carlos de Almeida
Resumen
The present paper examines the exchange regime transition in Brazil estimating a VAR model and its instruments. The main initial hypothesis is that there were significant changes in the relation among exchange rate, interest rate, inflation and international reserves. It also examines if the fear of floating is justifiable. The empirical findings suggest the occurrence of such changes when switching from a more rigid to a flexible exchange regime, which corroborates our initial hypothesis. Summarizing the empirical results we can argue that when comparing the two exchange rate regimes there is a similarity in terms of exogeneity of the exchange rate, the relevance of the interest rate for inflation stabilization (demand restriction) for the rigid exchange rate regime and how the interest rate responds to inflation (inflation target) in the flexible regime. Regarding the fear of floating the results do not match the others from the literature for other economies under exchange regime transition and the credibility does not seem to be a problem when such transition to a more flexible regime is adopted. O presente trabalho analisa a transição de regimes cambiais no Brasil através da estimação de um modelo VAR e seus instrumentos. A hipótese inicial é de que ocorreram mudanças na interação entre câmbio, juros, inflação e reservas, além de examinar a pertinência do receio da flutuação cambial. Os resultados indicam a ocorrência de mudanças na dinâmica entre tais variáveis ao se transitar de um regime mais rígido para um mais flexível, corroborando a hipótese inicial. Sumarizando os resultados empíricos, pode-se dizer que ao se comparar os dois regimes cambiais há uma similaridade no caráter exógeno da taxa de câmbio, a importância da taxa de juros no combate inflacionário (contenção de demanda) no regime rígido e a resposta da taxa de juros à inflação (metas de inflação) no regime de câmbio flexível. Quanto ao receio da flutuação, os resultados para o Brasil se afastam daqueles encontrados para outros países que vivenciaram a transição de regimes e o problema de credibilidade parece não ser fundamental ao se transitar para um regime cambial mais flexível.