info:eu-repo/semantics/article
COMPORTAMENTO DOS BANCOS, PERCEPÇÃO DE RISCO E MARGEM DE SEGURANÇA NO CICLO MINSKIANO
COMPORTAMENTO DOS BANCOS, PERCEPÇÃO DE RISCO E MARGEM DE SEGURANÇA NO CICLO MINSKIANO
Autor
Paula, Luiz Fernando Rodrigues de
Alves Júnior, Antonio José
Resumen
The principal aim of the article is to analyze the role of the banks and the state of confidence in the Minky's business cycle. Particularly, it shows that the compatibility between the Minsky's financial fragility hypothesis and the dynamics of the business cycle depends on the evolution of the economic agents' risk perception during the cycle. In this sense, business cycle can be characterized by an apparent paradox: the perception of microeconomic risk and the macroeconomic fragility walk in contrary direction. This happens because when the economy is growing the economic units (financial and non-financial firms) tend to decrease the margins of safety without any reference with a change in their individual preferences between 'risk and return'. The optimism - in a Post Keynesian approach - appears in the decreasing of the economic units risk perception that depends on the changes in their state of confidence. Paradoxically, the changes in financial attitudes of the economic agents along the business cycle are not perceived by them at the same time that financial fragility of the economy increases. This occurs because the dynamic of the business cycle, according to Minsky, depends on the evolution of the perceived risk by the economic agents and this perception changes during the different phases of the cycle. O objetivo principal deste artigo é analisar o papel dos bancos
e do estado de confiança no ciclo econômico de Minsky. Em particular, mostra-se que a compatibilidade entre a hipótese de fragilidade financeira de Minsky e a dinâmica do ciclo econômico depende da evolução da percepção de risco dos agentes durante o ciclo. Neste sentido, o ciclo econômico pode ser caracterizado por um aparente paradoxo: a percepção de risco (microeconômico) e a fragilidade (macroeconômica) da economia caminham em sentidos opostos. Isto ocorre porque quando a economia está em processo de crescimento, os agentes (empresas financeiras e não-financeiras) tendem a diminuir suas margens de segurança sem que isto esteja associado a uma mudança nas suas preferências individuais por "risco e retorno". O otimismo, a partir de uma perspectiva pós-keynesiana, se manifesta na redução do risco percebido pelos agentes em função da alteração no estado de confiança dos agentes. Paradoxalmente, a mudança nas posturas financeiras dos agentes econômicos ao longo do ciclo não é percebida pelos agentes econômicos ao mesmo tempo em que leva a uma crescente fragilização financeira da economia. Isto porque a dinâmica do ciclo econômico em Minsky depende da evolução do risco percebido pelos agentes econômicos, que tende a se alterar ao longo das fases do ciclo.