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Electra-shock de José María Muscari o de cómo Sófocles sobrevive a una descarga eléctrica
Electra-shock de José María Muscari ou como Sófocles sobrevive a uma descarga elétrica
Fecha
2013-07Registro en:
Fernandez, Claudia Nelida; Electra-shock de José María Muscari o de cómo Sófocles sobrevive a una descarga eléctrica; Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos; Classica; 26; 2; 7-2013; 117-137
0103-4316
2176-6436
Autor
Fernandez, Claudia Nelida
Resumen
En 2005, el joven director argentino J.M. Muscari estrena en Buenos Aires su Electra shock. Tragedia show y alto voltaje, una adaptación de la Electra de Sófocles, concebida para esta época posmoderna. En sincronía con la particular -y bizarra- poética del autor, en la que caben concepciones artísticas globales, como el camp, el kitsch, la parodia, la cultura popular y LGBT, y locales rioplatenses, como el grotesco o el sainete-, sin embargo conserva los trazos esenciales de la tragedia de Sófocles, que logra sobrevivir a esta perturbadora transposición estética. La composición termina siendo un collage, o pastiche, que se autodescompone -o deconstruye- al presentarse como un ensayo de su puesta en escena. La fuerte dosis de autorreferencialidad que exhibe la pieza hacen del teatro y la tragedia un tema fundamental en ella. Por esta razón, el análisis de esta puesta en escena será solo el punto de partida para reflexionar sobre cuestiones más generales y teóricas que siguen preocupando a los estudiosos de la recepción clásica, esto es, el lugar desde donde se posiciona la investigación, los juicios de valor apropiados en vistas de cuestiones de estética, y el interés que guarda para los estudios clásicos tradicionales este campo de estudio tan largamente transitado pero de reciente legitimación académica. Em 2005, o jovem diretor argentino J.M. Muscari estreou em Buenos Aires sua Electra-shock. Tragedia show y alto voltaje, uma adaptação da Electra de Sófocles, concebida para esta época pós-moderna. Em sincronia com a peculiar – e bizarra – poética do autor, na qual cabem concepções artísticas globais, como o “camp”, o “kitsch”, a paródia, a cultura popular e LGBT, e locais riopratenses, como o grotesco ou o “sainete” –, no entanto ela conserva os traços essenciais da tragédia de Sófocles, que consegue sobreviver a essa perturbadora transposição estética. A composição termina sendo uma colagem, ou pastiche, que se autodecompõe – ou descontrói – ao apresentar-se como um ensaio de sua colocação em cena. A forte dose de auto-referencialidade que a peça exibe faz do teatro e da tragédia temas fundamentais nela. Por essa razão, a análise dessa encenação será apenas um ponto de partida para uma reflexão sobre questões mais gerais e teóricas que seguem preocupando os estudiosos da recepção clássica, isto é, o lugar de onde se posicionam a investigação, os juízos de valor apropriados em vista de questões estéticas, e o interesse que tem para os estudos clássicos tradicionais este campo de estudo tão amplamente percorrido, mas de recente legitima- ção acadêmica.