Tesis
Peixes marinhos de Santa Catarina: história da ictiologia catarinense e uma lista atualizada das espécies do estado, acrescida de comentários sobre distribuição e presença em coleções científicas
Autor
Faga-Pacheco, Fabiano
Institución
Resumen
TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Biologia. Trabalhos recentes têm registrado a presença de espécies novas para Santa Catarina. Entretanto, uma parcela dessas espécies já havia sido anteriormente observada nesse Estado. A fim de evitar fatos como esse, foi realizado um esforço para se compreender quantas e quais são as espécies de peixes marinhos que habitam as águas catarinenses. Uma pesquisa com viés histórico foi efetuada, visando a descobrir como ocorreu o acúmulo de conhecimento relativo à ictiofauna catarinense. Evidenciou-se a importância de pesquisadores oriundos de centros de pesquisa de São Paulo e do Rio Grande do Sul, sendo estes os primeiros a iniciarem estudos na costa de Santa Catarina. Entretanto, parte importante das informações desses pioneiros acabou ficando desconhecida das novas gerações de pesquisadores, sendo aqui resgatada. Providenciou-se uma nova relação de espécies para a região. Contando tanto as espécies com registro confirmado quanto as espécies com ocorrência presumida, listou-se 783 espécies de peixes marinhos. A maioria dos peixes pertenceu às Ordens Perciformes (com 311 espécies), Myctophiformes (52) e Stomiiformes (41). As famílias com maior riqueza específica foram Myctophidae (51), Carangidae (29), Sciaenidae (25), Stomiidae (22) e Labridae (21). Ao analisar as menções a peixes para águas catarinenses, refutou-se a presença das espécies Mullus auratus, Seriola zonata, Ogcocephalus nasutus e Gobius fasciatus. Foram apresentados registros da presença de Lampris guttatus, Ranzania laevis e Regalecus glesne. Corrigiu-se o registro de Herpetoichthys regius, tratando-se de uma ocorrência de Quassiremus ascensionis. Levantou-se dúvida sobre a real identidade de Synodus longirostris. A espécie Davidia plumbea foi reavaliada, sendo proposta supressão de seu nome como espécie válida e sua sinonímia com Aluterus monoceros. Fichas para cada espécie ocorrente na região foram elaboradas, explicitando as menções da espécie para Santa Catarina e apresentando, sempre que possível, vouchers. As espécies com ocorrência duvidosa foram problematizadas e comentadas.