Tese (Doutorado)
Entre filosofia e educação, em filosofia da educação: uma (questão) sofística? um ensaio de sofística filosofante
Autor
Botelho, Danilo José Scalla
Institución
Resumen
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2017. Esta tese experimenta trazer de volta ao baralho da filosofia da educação a carta-curinga da sofística, para que se possa embaralhá-lo mais uma vez e recomeçar o jogo. Masschelein e Simons, evitando subjugar a educação à filosofia, acabam por formular uma perspectiva educacional da educação. Bárbara Cassin, evitando subjugar a sofística à filosofia, acaba por formular, naquilo que nomeou uma ?história sofística da filosofia?, uma perspectiva sofística da sofística. A perspectiva de Masschelein e Simons, não obstante, tem como ponto cego justamente a sofística; a de Cassin, por sua vez, justamente a educação. Por meio de uma antístrofe entre elas, esta tese ensaia uma perspectiva educacional da sofística, bem como uma perspectiva sofística da educação, trazendo à cena o que ficou em segundo plano nos autores belgas e na autora francesa. Nesse deslocar-se do ponto de observação, reinterpreta-se tanto a sofística quanto a educação, e a filosofia da educação. Tal paralaxe ? deslocamento de algo quando se muda o ponto de observação ? permite repensar não só uma linguagem à/de escola, mas também a figura do filósofo-educador ou educador-filósofo. Quiçá isso possibilite a reinvenção do fazer escola, em que o curinga sofista, por mais que muitas vezes seja tratado como pseudo-rei de paus, falso legislador; ou mero valete de espadas, de vida completamente ativa; possa manifestar-se em toda sua força-efeito de ás de copas, ou seja, ás da educação. Abstract : This thesis tries to bring back to the philosophy of education?s pack the sophistic wild card, in order to can shuffle it again and recommence the game. Masschelein and Simons, avoiding subjugating education to philosophy, end up by formulating an educational perspective of education. Bárbara Cassin, avoiding subjugating sophistic to philosophy, ends up by formulating, in what she has named a ?sophistic history of philosophy?, a sophistic perspective of sophistic. However, the Masschelein and Simons?s perspective has justly sophistic as blind spot, and the Cassin?s perspective has justly education as blind spot. By means of an antistrophe between them, this thesis rehearses an educational perspective of sophistic, as well as a sophistic perspective of education, bringing on stage what was put on the backburner by the Belgian authors and the French authoress. That dislocation of the observation point reinterprets sophistic as much as education, and philosophy of education. Such parallax ? displacement of something when the observation point chance ? permits rethink not only a language to/of school, but also the figure of philosopher-educator or educator-philosopher. Perhaps it enables the reinvention of doing school, in that the wild card sophist, no matter how much it is treated like pseudo king of clubs, false legislator; or mere jack of spades, of life completely active; it can manifest itself in all its force-effect of ace of cups, that is, ace of education.