Tesis
Efeito do exsudato de Scenedesmus obliquus (Turpin) Kützing, 1833 (Chlorophyceae) no crescimento e em parâmetros fotossintéticos de Pseudokirchneriella subcapitata (Korshikov) F.Hindák, 1990 (Chlorophyceae)
Autor
Oliveira, Rodrigo Silva Chagas de
Institución
Resumen
TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Biologia. Scenedesmus obliquus é uma microalga verde de distribuição cosmopolita conhecida por ser resistente a variações ambientais, possuir um crescimento robusto, muitas vezes se sobressaindo em relação a outras espécies em experimentos com sistemas de cultivo aberto do tipo rampa e raceway. O objetivo deste trabalho foi verificar se essa vantagem sobre outras espécies se deve à atividade alelopática que S. obliquus pode estar exercendo no seu meio. Para isso, quatro réplicas de 100 mL e um cultivo de 1,5 L de uma cepa de S. obliquus foram mantidos em crescimento em meio Bold’s Basal (BBM) ao longo de 44,5 dias. Nesse período, foram analisadas a clorofila-a in vivo, a turbidez e a concentração celular em períodos de tempo que variaram entre a cada 24 e a cada 96 horas. Em seguida, o cultivo de 1,5 L foi filtrado em fase de crescimento estacionária tardia gerando aproximadamente 1 L de exsudato. O experimento de toxicidade de exsudato foi montado com quatro réplicas dos tratamentos que consistiram em: (1) exsudato+BBM (com metade da concentração dos nutrientes) na proporção de 1:1; e (2) exsudato (puro). Como controle, foi utilizado o BBM com metade dos nutrientes. A alga teste utilizada foi a microalga verde Pseudokirchneriella subcapitata. Os dados foram coletados no instante 0 e a cada 24 horas, durante 4 dias. Os dados analisados foram clorofila-a in vivo, turbidez, concentração celular e rendimento quântico efetivo (Φ). No último dia de experimento uma curva de luz foi elaborada. Com os dados obtidos da curva, foram calculados os valores de rendimentos quânticos máximo (Fv/Fm) e efetivo, além da dissipação de energia não-fotoquímica não-regulada; a dissipação de energia não-fotoquímica e regulada. Com o experimento da curva de crescimento, se constatou que o crescimento de S. obliquus se comporta de forma cíclica: com fases de crescimento exponencial (log) e estacionárias que se repetiam ao longo dos dias. Os resultados do experimento de toxicidade mostraram que a presença do exsudato afetou positivamente o crescimento da alga teste ao longo dos quatro dias de experimento. A presença de exsudato também possui um efeito positivo no rendimento quântico efetivo da alga teste. Quanto à curva de luz, o controle demonstrou uma integral definida de Fv/Fm menor que a dos outros dois tratamentos. Conclui-se que provavelmente o exsudato possuía mais nutrientes do que se esperava, o que resultou em uma resposta em eficiência fotossintética e crescimento celular maior da alga teste quando na presença do exsudato do que no controle.