Tesis
Influência de Diferentes Regimes de Cultivo na Produção de Biomassa da Microalga Acutodesmus obliquus em um Sistema Laminar de Cultivo de Algas
Autor
Dias, Bruna Pessoa Lobo
Institución
Resumen
TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Biologia. As microalgas apresentam diversas funções na natureza, dentre estas destacam-se a produção de oxigênio e a composição da base de cadeias alimentares aquáticas. Além disso, também possuem grande potencial biotecnológico como o uso na alimentação animal e humana, na produção de compostos de interesse para a indústria farmacêutica e como matéria-prima para a produção de biocombustíveis. Estes assuntos fazem parte de importantes linhas de pesquisas onde, necessariamente são desenvolvidas culturas de microalgas para a produção de biomassa. Essa necessidade justifica os esforços na otimização da produção de biomassa, e com esse propósito foram desenvolvidos experimentos comparando diferentes regimes de cultivo no crescimento da microalga dulcícola Acutodesmus obliquus em um Sistema Laminar de Cultivo de Algas (SLCA) desenvolvido no Laboratório de Cultivo de Algas – LCA/UFSC. Foram realizados dois experimentos no SLCA: um em regime de batelada simples, que consistiu na adição de nutrientes na cultura apenas no primeiro dia de cultivo e no acompanhamento do crescimento da cultura microalgal até a fase estacionária; e um segundo experimento em regime semicontínuo, que consistiu na retirada periódica de um volume da cultura e a adição do mesmo volume de meio de cultura – visando manter a cultura em fase exponencial da curva de crescimento. No experimento em regime de batelada simples, a cultura atingiu a fase estacionária em 8 dias, onde a produtividade diária foi de 0,23 g.L-1.d-1, obtendo-se uma biomassa final de 400,64 g (peso seco). No experimento em regime semicontínuo, foram feitas 3 diluições ao longo do cultivo (21 dias). Neste cultivo, a produtividade diária foi de 0,32 g.L-1.d-1, obtendo-se no final do experimento 1.551,24 g em biomassa seca. Assim, os dados mostraram que o cultivo em regime semicontínuo foi mais adequado, uma vez que foi obtida maior produção em biomassa, além de atingida uma qualidade superior para alimentação e menor custo de produção à longo prazo.