Tesis
Cara ou coroa - os dois lados da moeda? O ISEB e o nacionalismo nas apostas de Hélio Jaguaribe e Nelson Werneck Sodré
Autor
Anschau, Carina Arnecke
Institución
Resumen
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. História. Na segunda metade da década de 1950, intensas transformações movimentaram a sociedade, a economia e a política brasileiras. Com o aumento da urbanização e industrialização, a afirmação de uma burguesia industrial e de frações médias urbanas, bem como de uma classe operária que crescia significativamente, os planos de governo tentavam dar conta dessa diversidade. De acordo com os diferentes governos, projetos distintos vigoraram até o começo da década de 60, dentre eles os do segundo governo Vargas, Café Filho e posteriormente de Juscelino Kubistchek, influenciaram diretamente os grupos intelectuais que se organizavam com o intuito de planejar e promover o desenvolvimento do País. O Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB) estava imerso nesse contexto, e dois de seus intelectuais de maior destaque, Hélio Jaguaribe e Nelson Werneck Sodré, se tornaram porta-vozes de uma corrente que ganhava cada vez mais destaque na época: o nacionalismo. Este conceito teve no Brasil uma importante ressignificação, sendo incorporado pelo ISEB como um importante elemento para superar o subdesenvolvimento. Porém, esse nacionalismo teve também interpretações distintas por parte dos dois isebianos, que viam a questão de maneira díspar. Questão que será problematizada a partir da análise dos livros O nacionalismo na atualidade brasileira de autoria de Jaguaribe e Raízes históricas do nacionalismo Brasileiro de Sodré. Este será o cerne da análise do presente Trabalho de Conclusão de Curso: o papel do nacionalismo nos projetos de desenvolvimento do Brasil e o que significava ser nacionalista naquele recorte histórico específico para esses intelectuais.