Tesis
Expressão heteróloga da ubiquitina DE Litopenaeus vannamei e avaliação da sua transcrição frente à infecção pelo vírus da síndrome da mancha branca (WSSV)
Autor
Matos, Gabriel Machado
Institución
Resumen
TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Biologia. A Síndrome da Mancha Branca, é uma das doenças de maior relevância em camarões peneídeos devido ao grande impacto causado na produtividade dos cultivos. Estudos acerca da interação patógeno-hospedeiro são importantes para elucidar os mecanismos envolvidos na infecção pelo vírus. O objetivo desse estudo foi avaliar o envolvimento da ubiquitina no processo de infecção pelo vírus da síndrome da mancha branca (WSSV). O nível de transcritos do gene que codifica a ubiquitina foi analisado por qPCR em brânquias de camarões L. vannamei infectados experimentalmente por 48h. Também foi realizada a expressão heteróloga da ubiquitina de L. vannamei e a análise da sua estrutura 3D. Por fim, utilizando um anticorpo policlonal sintetizado a partir da ubiquitina recombinante purificada, foram realizados ensaios de titulação e avaliação da concentração mínima de antígeno reconhecida pelo anticorpo. Os camarões infectados apresentaram um aumento de oito vezes no nível de transcritos do gene da ubiquitina em relação ao grupo controle (camarões não infectados). A ubiquitina de L. vannamei foi clonada com sucesso em vetor de expressão e foi expressa de forma solúvel. A ubiquitina recombinante foi purificada por cromatografia de afinidade por íons metálicos e uma fração com grau de pureza superior a 95% foi utilizada para síntese de anticorpo policlonal anti-ubiquitina. As diferentes diluições de anticorpo testadas apresentaram uma eficiência similar no reconhecimento do antígeno, enquanto que, em concentrações de antígeno abaixo de 1,8 μg, a detecção ficou comprometida. A ubiquitina de L. vannamei apresenta uma porção C-terminal característica e exclusiva, formada por três repetições de prolina-arginina, e seu modelo 3D construído apontou diferenças na estrutura secundária da molécula, assim como um aumento de cargas positivas na porção C-terminal, sugerindo uma possível atividade antimicrobiana. Em conclusão, os resultados desse estudo corroboram com a hipótese de envolvimento da ubiquitina no processo de infecção pelo WSSV e futuros testes de imunodetecção contribuiriam para determinar o perfil de expressão dessa proteína ao longo da infecção. Além disso, a diferença estrutural na ubiquitina de L. vannamei aqui apontada torna essa proteína um interessante alvo de estudos, visando a sua completa caracterização estrutural e funcional.