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Avaliação do uso de cefalosporinas de terceira geração para otite em pronto-atendimento pediátrico
Fecha
2014Registro en:
Journal of Infection Control, Rio Grande do Sul, v.3, n.4, p.111, 2014
2316-5324
Autor
Campioni, Camila Canuto
Cassettari, Valéria
Institución
Resumen
INTRODUÇÃO: Neste hospital geral verificou-se aumento do uso de cefalosporinas de terceira geração no Pronto-Atendimento Pediátrico de 2005 a 2011, sendo otite a segunda maior indicação, após febre de origem indeterminada. As principais bactérias causadoras de otite aguda são S. pneumoniae, H. influenzae, M. catarrhalis e o
antimicrobiano de primeira escolha é amoxicilina. O uso alternativo de cefalosporinas se restringe a indicações especificas. OBJETIVO: Avaliar a conformidade de indicação de cefalosporina de terceira geração no Pronto-Atendimento Pediátrico a partir de
verificação detalhada de sua indicação para os casos de otite média aguda. MÉTODOS: Estudo retrospectivo observacional transversal. Foram avaliados os registros de atendimento de todos os pacientes tratados para otite com ceftriaxona ou cefotaxima no Pronto-Atendimento Pediátrico em 2011 e 2012. Verificou-se a conformidade da indicação desses antimicrobianos com o algoritmo da Sociedade Brasileira de Pediatria para tratamento de otite. RESULTADOS: Foram incluídos no estudo 138 pacientes. A
principal justificativa para uso de cefalosporinas de 3ª geração foi falha de tratamento no uso de outros antibióticos, que correspondeu a 50% das indicações. Outras justificativas frequentes consideradas válidas foram: uso prévio de antimicrobiano para otites de repetição ou outros focos (15%), não aceitação de antimicrobiano de uso oral pela criança (13%), alergia a antimicrobiano de primeira escolha (6%), dificuldade de obtenção do antimicrobiano de primeira escolha pela família (4%). Justificativas conflitantes com o uso racional de antimicrobianos e o algoritmo da Sociedade Brasileira de Pediatria ocorreram com baixa frequência (menor que 2%). Não houve justificativa registrada em prontuário para 9% das prescrições. CONCLUSÃO: O uso de cefalosporina de terceira geração neste serviço de Pronto-Atendimento teve boa conformidade com as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria. Considerando que o uso de cefalosporinas de terceira geração se mostrou criterioso na sua segunda indicação mais frequente, inferimos que a taxa média atual de indicações de cefalosporinas de terceira geração em Pronto-Atendimento Pediátrico de hospital geral (8 indicações para cada 1000 atendimentos) deve estar próxima do adequado para o momento atual.