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Correlação entre métodos de aleitamento, hábitos de sucção e comportamentos orofaciais
Fecha
2009Registro en:
Pró-Fono Revista de Atualização Científica, v.21, n.4, p.315-319, 2009
0104-5687
10.1590/S0104-56872009000400009
Autor
MEDEIROS, Ana Paula Magalhães
FERREIRA, José Tarcísio Lima
FELÍCIO, Cláudia Maria de
Institución
Resumen
TEMA: o desenvolvimento do controle motor oral depende em parte das experiências sensoriais e motoras. OBJETIVO: analisar a relação entre a duração do aleitamento natural, artificial e da sucção e destas com o desempenho motor orofacial. MÉTODO: cento e setenta e seis crianças, de 6 a 12 anos de idade, passaram por avaliação miofuncional orofacial, empregando o protocolo com escores, e os responsáveis foram entrevistados a respeito do aleitamento e hábitos de sucção de suas crianças. As correlações foram calculadas pelo teste de Spearman. RESULTADOS: na amostra estudada, a média de duração do aleitamento natural foi de 10,30 meses (variando de zero a 60 meses), do aleitamento artificial 44,12 (zero a 122 meses) e dos hábitos de sucção de 39,32 meses (zero a 144 meses). Houve correlação negativa da duração do aleitamento natural com a duração do aleitamento artificial e a duração dos hábitos de sucção (p < 0,001). A maior duração do aleitamento artificial correspondeu à maior duração dos hábitos de sucção, apresentando, assim, correlação positiva (p < 0,001). A duração do aleitamento natural foi correlacionada positivamente com a mobilidade orofacial (p = 0,05). Houve correlação negativa da duração do aleitamento artificial e da duração dos hábitos de sucção com, respectivamente, o desempenho na mastigação e na deglutição, bem como da duração de ambos os tipos de sucção com a prova de diadococinesia (p = 0,05). CONCLUSÃO: a duração do aleitamento natural mostrou efeito positivo sobre a mobilidade das estruturas orofaciais. Os efeitos deletérios da duração dos hábitos de sucção no controle motor orofacial foram confirmados. BACKGROUND: the development of oral motor control depends partially on motor and sensory experiences. AIM: to analyze the relationship between the duration of breastfeeding, artificial feeding and sucking habits, and of these parameters with the orofacial motor performance. METHOD: participants of this study were one hundred and seventy-six children aged 6 to 12 years. All subjects were submitted to an orofacial myofunctional clinical examination, using a protocol with scores, and parents/care takers were interviewed in respect to the feeding and sucking habits of their children. Correlations were calculated using the Spearman Test. RESULTS: in the studied sample, the mean duration of breastfeeding was of 10.30 months (ranging from zero to 60 months), of artificial feeding was of 44.12 months (zero to 122 months) and of sucking habits was of 39.32 months (0 to 144 months). There was a negative correlation of breastfeeding duration with artificial feeding duration and sucking habits duration (p < 0001). The duration of the artificial feeding was positively correlated to the duration of sucking habits (p < 0001). The duration of breastfeeding was positively correlated with the mobility of the tongue and jaw (p = 0.05). There was a negative correlation of the duration of artificial feeding and the duration of sucking habits with the performance in mastication and swallowing, respectively, as well as with the duration of both types of sucking with the performance in the diadochokinesia test (p = 0.05). CONCLUSION: the duration of natural breastfeeding presented a positive effect over the mobility of the orofacial structures. Deleterious effects of the prolonged duration of artificial feeding and sucking habits in the oral motor control were confirmed.