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Prevalência de hipertensão arterial em pacientes com oclusão do ramo da veia central da retina
Fecha
2008Registro en:
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, v.71, n.2, p.162-166, 2008
0004-2749
10.1590/S0004-27492008000200006
Autor
ROSA, Alexandre Antonio Marques
ORTEGA, Kátia Coelho
MION JR., Décio
NAKASHIMA, Yoshitaka
Institución
Resumen
OBJETIVOS: Identificar em pacientes com oclusão do ramo da veia central da retina utilizando a monitorização ambulatorial da pressão arterial e medidas clínicas da pressão arterial: prevalência de hipertensão e o perfil noturno da pressão arterial. MÉTODOS: Prospectivamente, 93 olhos de 83 pacientes com oclusão do ramo da veia central da retina foram submetidos à avaliação oftalmológica. Após, os pacientes foram encaminhados para avaliação clínica e monitorização da pressão arterial. Pacientes sem descenso da pressão durante o sono ("non-dipper") foram definidos como um declínio na pressão arterial sistólica < 10%, e pacientes com descenso presente ("dipper") quando este valor fosse superior. RESULTADOS: A doença acometeu um olho em 73 (88%) pacientes. O ramo temporal superior foi o local da oclusão em 61 (65,6%) olhos, no restante o ramo temporal inferior foi afetado. Setenta e seis (92%) pacientes formam diagnosticados como hipertensos após a avaliação clínica. A monitorização ambulatorial da pressão arterial identificou 76 hipertensos, 5 normotensos, 1 hipertenso do avental branco e 1 hipertenso mascarado. Estes 2 últimos foram excluídos da análise. Dos 81 pacientes, analisados. Quarenta (49%) eram "dippers" e 41 (51%) "non-dippers". Entre os hipertensos (n=76), 36 (47,4%) eram "dippers" e 40 (52,6%) "non-dippers". CONCLUSÃO: Prevalência de hipertensão arterial em nosso estudo foi extremamente elevada (92,8%), que sugere que a fisiopatologia da doença tem íntima relação com as alterações promovidas pela hipertensão. Pouco mais da metade dos hipertensos eram "non-dipper" (n=40; 52,6%). Estas evidências sugerem que um nível sustentado de pressão arterial possa ser um fator de risco adicional para a oclusão do ramo da veia central da retina. PURPOSE: To identify in patients with branch retinal vein occlusion using ambulatory blood pressure monitoring and clinical blood pressure measures: hypertension prevalence, and nocturnal profile of blood pressure. METHODS: Prospectively, 93 eyes of 83 patients with branch retinal vein occlusion were submitted to ophthalmological examination. Afterwards the patients were submitted to clinical evaluation and blood pressure monitoring. Non-dipper was defined as a fall in systolic blood pressure < 10%, and dipper when this value was higher. RESULTS: Disease affected one eye in 73 (88%) patients. The temporal superior branch was the site of occlusion in 61 (65.6%) eyes, while in the others the infero-temporal branch was affected. Seventy six (92%) patients were diagnosed as hypertensive after clinical evaluation. Ambulatory blood pressure monitoring identified 76 hipertensives, 5 normotensives, 1 white-coat hypertensive and one masked hypertensive subjects. The two latter were excluded from the analysis. Of the 81 analyzed patients, forty (49%) were dippers and 41 (51%) were non-dippers. Among the HT (n=76), 36 (47%) were dippers and 40 (53%) were non-dippers. CONCLUSION: Prevalence of hypertension in our series was extremely high (92%) which suggests that physiopathology of the disease has a close relationship with changes promoted by hypertension. A little more than half of the hypertensives were non-dippers (n=40; 52,6%). These evidences suggest that a 24-hour sustained level of blood pressure may be an additional risk factor for branch retinal vein occlusion.