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Resultado do tratamento das fístulas enterovesicais para doença de Crohn
Fecha
2008Registro en:
Revista Brasileira de Coloproctologia, v.28, n.2, p.156-159, 2008
0101-9880
10.1590/S0101-98802008000200002
Autor
BABA, Renata Setsuko
SILVEIRA, Rogrigo Cardoso
SOUZA, Ana Carolina Pereira de
PAIM, Sandra
TEIXEIRA, Magaly Gemio
GAMA, Angelita Habr
KISS, Desiderio
CECCONELLO, Ivan
Institución
Resumen
A fístula enterovesical na doença de Crohn é relativamente incomum. O objetivo deste estudo é analisar sua incidência e o resultado do seu tratamento em doentes de Crohn no ambulatório de Doenças Inflamatórias Intestinais do Serviço de Cólon e Reto do Departamento de Gastroenterologia do HCFMUSP. MÉTODOS:Dos 647 pacientes com doença de Crohn , quatorze apresentaram fístula enterovesical no período de 1984 a 2006, tendo sido todos tratados cirurgicamente. RESULTADOS: Dos quatorze pacientes, doze são homens sendo a média de idade do início da doença de Crohn de 28,8 anos. O tempo médio de evolução da doença até o diagnóstico da fístula enterovesical foi de 155,1 meses. Em relação à extensão da doença, sete pacientes tinham Crohn em intestino delgado, cólon e região perianal; cinco apenas no intestino delgado; um em cólon e região perianal e outro com acometimento de intestino delgado e perianal. No total treze pacientes tinham doença de Crohn em intestino delgado. O trajeto da fístula enterovesical mais comum foi de intestino delgado (seis pacientes). Os demais pacientes apresentaram fístula enterovesical em: cólon sigmóide (quatro pacientes), entero-colo-vesical (dois pacientes), colo-vesico-cutânea (um paciente) e outra entero-reto-vesical (um paciente). Todos foram tratados cirurgicamente com ressecção da porção intestinal acometida e sutura da lesão da bexiga, e em um doente foi feito cistectomia parcial. No pós-operatório imediato tivemos duas recorrências da fistula enterovesical, um paciente permanece em tratamento clínico e o outro foi a óbito. No acompanhamento dos demais doentes, observou-se que: oito pacientes apresentam-se sem sintomas e com medicação, três assintomáticos e sem medicação; um paciente com medicação e com sintomas relacionados à doença de Crohn (mas sem queixas ou recorrência de fístula enterovesical). CONCLUSÃO: O índice de fístula enterovesical em doentes com Crohn neste estudo foi de 2,1%. O tratamento cirúrgico da fistula enterovesical com a ressecção do intestino acometido e sutura da lesão da bexiga mostrou-se eficaz. Enterovesical fistula is relatively uncommon in Crohn's disease. The objective of this study is to analyze the incidence and the result of the treatment of patients with Crohn's disease at the Inflammatory Bowel Clinic of Service of Colon and Rectum of Gastroenterology Department (HCFMUSP). METHODS: 14 out of 647 patients with Crohn's disease presented enterovesical fistula between 1984 and 2006, in which all of them were treated with surgical intervention. RESULTS: 12 out of 14 patients were male and the Crohn's symptoms started with a mean age of 28,8 years. The mean age of evolution of Crohn's disease before discovering the enterovesical fistula was 155,1 months. In regard to Crohn's disease extension, there were seven patients with Crohn's disease in the small intestine, colon and perianal region; five with manifestation only in the small intestine; one had colon and perianal disease and other had small intestine and perianal disease. 13 out of 14 patients studied had Crohn's disease in small intestine. The most commonly encountered type of fistula was in the small intestine (six patients). The others patients presented enterovesical fistula in: sigmoid (four patients), entero-colo-vesical (two patients), colo-vesico-cutaneous (one patient) and entero-reto-vesical (one patient). All the patients were treated with surgical intervention involving resection of the affected bowel and closure of the bladder defect and one patient needed partial cystectomy. In the postoperative period there were two enterovesical fistula recurrences: one patient is still being treated with medical therapy and the other died. In the clinical follow-up of the other patients, eight of them are without symptoms and taking medications, three patients are asymptomatic and under no medications, and one patient is taking medications for Crohn's disease but without enterovesical fistula. CONCLUSIONS: the rate of enterovesical fistula of the Crohn's patients was 2.1 per cent. The surgical intervention involving resection of the affected bowel and closure of the bladder defect was efficient.