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Avaliação da aprotinina na redução da resposta inflamatória sistêmica em crianças operadas com circulação extracorpórea
Fecha
2010Registro en:
Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, v.25, n.1, p.85-98, 2010
0102-7638
10.1590/S0102-76382010000100018
Autor
FERREIRA, Cesar Augusto
VICENTE, Walter Villela de Andrade
EVORA, Paulo Roberto Barbosa
RODRIGUES, Alfredo José
KLAMT, Jyrson Guilherme
CARLOTTI, Ana Paula de Carvalho Panzeli
CARMONA, Fábio
MANSO, Paulo Henrique
Institución
Resumen
OBJETIVO: Avaliar se a aprotinina em altas doses hemostáticas pode reduzir o processo inflamatório após circulação extracorpórea (CEC) em crianças. MÉTODOS: Estudo prospectivo randomizado em crianças de 30 dias a 4 anos de idade, submetidas à correção de cardiopatia congênita acianogênica, com CEC e divididas em dois grupos, um denominado Controle (n=9) e o outro, Aprotinina (n=10). Neste, o fármaco foi administrado antes e durante a CEC. A resposta inflamatória sistêmica e disfunções hemostática e multiorgânicas foram analisadas por marcadores clínicos e bioquímicos. Foram consideradas significantes as diferenças com P<0,05. RESULTADOS: Os grupos foram semelhantes quanto às variáveis demográficas e intra-operatórias, exceto por maior hemodiluição no Grupo Aprotinina. Não houve benefício quanto aos tempos de ventilação pulmonar mecânica, permanência no CTIP e hospitalar, nem quanto ao uso de inotrópicos e função renal. A relação PaO2/FiO2 (pressão parcial de oxigênio arterial/fração inspirada de oxigênio) apresentou queda significativa com 24 h pós-operatório, no Grupo Controle. As perdas sanguíneas foram semelhantes nos dois grupos. No grupo Aprotinina surgiu leucopenia significativa, em CEC, seguida de leucocitose. Fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), Interleucinas (IL)-6, IL-8, IL-10, proporção IL-6/IL-10 não apresentaram diferenças marcantes intergrupos. A proporção IL-6/IL-10 PO aumentou no grupo Controle. Não houve complicações com o uso da aprotinina. CONCLUSÃO: Nesta casuística, a Aprotinina em altas doses hemostáticas não minimizou as manifestações clínicas e os marcadores séricos de resposta inflamatória sistêmica. OBJECTIVE: To assess if the hemostatic high-dose aprotinin is able to reduce the inflammatory process after cardiopulmonary bypass (CPB) in children. METHODS: A prospective randomized study was performed on children aged 30 days to 4 years who underwent correction of acyanogenic congenital heart disease with CPB and were divided into two groups: Control (n=9) and Aprotinin (n=10). In the Aprotinin Group the drug was administered before and during CPB and the systemic inflammatory response and hemostatic and multiorgan dysfunctions were assessed through clinical and biochemical markers. Differences were considered to be significant when P<0.05. RESULTS: The groups were similar regarding demographic and intraoperative variables, except for a greater hemodilution in the Aprotinin Group. The drug had no benefit regarding time of mechanical pulmonary ventilation, staying in the postoperative ICU and length of hospitalization, or regarding the use of inotropic drugs and renal function. The partial arterial oxygen pressure/ inspired oxygen fraction ratio (PaO2/FiO2) was significantly reduced 24 h after surgery in the Control Group. Blood loss was similar for both groups. Significant leukopenia was observed in the Aprotinin Group during CPB, followed by leukocytosis. Tumor necrosis factor alpha (TNF- α), interleukins (IL)-6, IL-8, IL-10, IL-6/IL-10 ratio did not differ significantly between groups. The postoperative IL-6/IL-10 ratio increased significantly in the Control Group. There were no complications with the use of aprotinin. CONCLUSION: In this study, hemostatic high-dose aprotinin did not minimize the clinical manifestations or serum markers of the inflammatory systemic response.