Artículos de revistas
Hipertensão arterial na cidade de São Paulo: prevalência referida por contato telefônico
Fecha
2010Registro en:
Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v.95, n.1, p.99-106, 2010
0066-782X
10.1590/S0066-782X2010005000051
Autor
MION JR, Décio
PIERIN, Angela MG
BENSENOR, Isabela M.
MARIN, Júlio César M.
COSTA, Karla Ryuko Abe
HENRIQUE, Luiz Fernando de Oliveira
ALENCAR, Natália de Pinho
COUTO, Rodrigo do Carmo
LAURENTI, Tales Eduardo
MACHADO, Thiago Arthur Oliveira
Institución
Resumen
FUNDAMENTO: Pouco se conhece sobre a prevalência da hipertensão arterial na cidade de São Paulo, SP, Brasil. OBJETIVO: Identificar a prevalência da hipertensão referida na cidade de São Paulo. MÉTODOS: Realizaram-se 613 entrevistas por telefone, a partir das listas residenciais do sistema de telefonia fixa. A amostra foi calculada com prevalência estimada de hipertensão em 20,0%. RESULTADOS: A prevalência referida de hipertensão foi de 23,0% e 9,0% dos entrevistados referiram que o valor de sua última medida da pressão foi maior que 140/90 mmHg, porém não tinham conhecimento de que eram hipertensos, totalizando uma prevalência de 32,0%. Os hipertensos referiram que: 89,0% fazem tratamento e 35,2% estavam controlados; 27,0% faltam às consultas; 16,2% deixam de tomar os remédios; 14,8% apresentam história de acidente vascular encefálico, 27,8% cardiopatia e 38,7% hipercolesterolemia; 71,2% receberam orientação para diminuir sal, 64,6% para realizar atividade física, 60,0% para perder peso e 26,2% para controlar estresse; e 78,9% mediam a pressão regularmente. Houve relação estatisticamente significante (p < 0,05) para: 1) faltar às consultas com maior tempo de tratamento e acompanhamento irregular de saúde; 2) deixar de tomar os remédios com tabagismo, etilismo e a não realização de acompanhamento de saúde; 3) realizar tratamento para hipertensão com dislipidemia, idade mais elevada e maior tempo de uso de anticoncepcional, no caso das mulheres; e 4) índice de massa corporal alterado com presença de diabete, hipercolesterolemia, pressão sistólica não controlada e uso de mais de um anti-hipertensivo. CONCLUSÃO: A prevalência referida de hipertensão na cidade de São Paulo assemelha-se à prevalência identificada em outros estudos. BACKGROUND: Little is known about the prevalence of hypertension in São Paulo, Brazil. OBJECTIVE: To identify the prevalence of self-reported hypertension in the city of São Paulo. METHODS: There were 613 telephone interviews using directories of household landlines. The sample was calculated with an estimated prevalence of hypertension in 20.0%. RESULTS: The prevalence of self-reported hypertension was 23.0% and 9.0% of respondents reported that the value of their last pressure measurement was greater than 140/90 mmHg, but they were unaware that they were hypertensive, with a total prevalence 32.0%. Hypertensive patients reported that: 89.0% were under treatment and 35.2% were controlled; 27.0% miss medical appointments; 16.2% stop taking drugs; 14.8% have a history of stroke; 27.8% had heart disease and 38.7% had hypercholesterolemia; 71.2% received advice to reduce salt, 64.6% to perform physical activity, 60.0% to lose weight loss and 26.2% to control stress; and 78.9% measured pressure regularly. There was a statistically significant relation (p < 0.05) for: 1) missing medical appointments with longer treatment and irregular health monitoring; 2) stop taking the drugs with smoking, alcohol and failure to monitore health; 3) carry out treatment for hypertension with dyslipidemia, higher age and longer use of contraceptives for women; and 4) body mass index changed with diabetes, hypercholesterolemia, uncontrolled systolic blood pressure and use of more than one anti-hypertension drug. CONCLUSION: The prevalence of self-reported hypertension in the city of São Paulo resembles the prevalence found in other studies. FUNDAMENTO: Poco se conoce sobre la prevalencia de la hipertensión arterial en la ciudad de São Paulo, SP, Brasil. OBJETIVO: Identificar la prevalencia de la hipertensión referida en la ciudad de São Paulo. MÉTODOS: Se realizaron 613 entrevistas por teléfono, a partir de las listas residenciales del sistema de telefonía fija. La muestra fue calculada con prevalencia estimada de hipertensión en 20,0%. RESULTADOS: La prevalencia referida de hipertensión fue de 23,0% y 9,0% de los entrevistados refirieron que el valor de su última medición de la presión fue mayor que 140/90 mmHg, sin embargo no sabían que eran hipertensos, totalizando una prevalencia de 32,0%. Los hipertensos refirieron que: 89,0% hacen tratamiento y 35,2% estaban controlados; 27,0% faltan a las consultas; 16,2% dejan de tomar los remedios; 14,8% presentan historia de accidente cerebro vascular, 27,8% cardiopatía y 38,7% hipercolesterolemia; 71,2% recibieron orientación de disminuir la sal, 64,6% de realizar actividad física, 60,0% para perder peso y 26,2% de controlar el stress; y 78,9% medían la presión regularmente. Hubo relación estadísticamente significativa (p < 0,05) para: 1 - faltar a las consultas con mayor tiempo de tratamiento y acompañamiento irregular de salud; 2 - dejar de tomar los remedios con tabaquismo, etilismo y la no realización de acompañamiento de salud; 3 - realizar tratamiento para hipertensión con dislipidemia, edad más elevada y mayor tiempo de uso de anticonceptivo, en el caso de las mujeres; y 4 - índice de masa corporal alterado con presencia de diabetes, hipercolesterolemia, presión sistólica no controlada y uso de más de un antihipertensivo. CONCLUSIÓN: La prevalencia referida de hipertensión en la ciudad de São Paulo se asemeja a la prevalencia identificada en otros estudios.