bachelorThesis
Uso de dieta experimental baseada na lista de alimentos da pesquisa de orçamento familiar (POF) - 2002/2003 na vida perinatal de ratos: repercussões bioquímicas e antropométricas na idade idulta
Registro en:
Autor
SANTOS, Izabela de Siqueira
Institución
Resumen
Objetivou-se estudar as repercussões de uma dieta experimental baseada na lista de alimentos da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF)- 2002/2003 sobre a evolução ponderal, adiposidade e medidas antropométricas, hormonais e bioquímicas da prole na idade adulta. Fêmeas de ratos Wistar receberam durante a gestação e lactação dieta comercial Labina ou dieta experimental POF. Após o desmame os filhotes foram distribuídos em 4 subgrupos com 10-12 animais cada: Grupo que recebeu durante gestação e lactação dieta Labina e após desmame dieta labina (grupo LAB/LAB); Grupo que recebeu durante gestação e lactação dieta Labina e após desmame dieta POF (grupo LAB/POF); Grupo que recebeu durante gestação e lactação dieta POF e após desmame dieta POF (grupo POF/ POF); Grupo que recebeu durante gestação e lactação dieta POF e após desmame dieta labina (POF/LAB). Todos permaneceram com as respectivas dietas até os 120 dias de vida. Aos 60,90 e 120 dias foram realizados: peso corporal, comprimento naso-anal (EL) e da cauda (CD), circunferência abdominal (CA) e torácica (CT), IMC e índice de Lee. Aos 120 (sacrifício): peso das gorduras viscerais e dos órgãos. Para análises estatísticas usou-se a ANOVA, seguido do Teste de Holm-Sidak ou Kruskal-Wallis seguido de Dunn’s conforme a normalidade e variância, com nível crítico de 5%. Resultados em média ± DP ou mediana (P25-P75). Aos 120 dias apresentaram maior ganho de peso os grupos: LAB/POF (164,09 ± 33,80), POF/POF (141,10 ± 10,93) e POF/LAB (101,19 ± 17,01). Os grupos LAB/POF (40,80 ± 10,83) e POF/POF (37,28 ± 3,60) apresentaram maior taxa específica de ganho de peso em relação ao grupo controle (LAB/LAB). Não houve diferença estatística significativa entre os grupos no EL, CD, CA, Relação CA/CT, índice de Lee e nos parâmetros bioquímicos. No IMC o LAB/POF (0,65 ± 0,03) obteve o maior valor. No peso dos órgãos, POF/LAB (12,14 ± 2,04) apresentou o fígado significativamente (p = 0,005) maior que os animais do grupo LAB/LAB (10,00 ± 0,81) e POF/POF (9,33 ± 1,37). No Rim o grupo LAB/LAB (1,36 ± 0,14) apresentou maior peso renal que o grupo POF/POF (1,17± 0,13). Na adrenal se diferenciaram (p = 0,009) os grupos LAB/POF [0,05 (0,02- 0,30)] com maior adrenal que POF/POF [0,0255 (0,0210 - 0,0290)]. No peso das gorduras perirrenal e epididimal os animais do grupo LAB/POF [18,88 (18,50 - 23,82)] e POF/LAB [17,94 (14,99 - 20,20)] apresentaram o maior peso em relação ao grupo controle LAB/LAB [12,73 (9,48 - 15,06)]. Em conclusão a POF quando administrada após o desmame promove maior peso corporal e taxa específica de ganho de peso e isto parece ocorrer pelo aumento de tecido adiposo. Apesar do menor teor protéico da dieta POF não alterou o crescimento somático do EL e CD, apenas o peso corporal quando ofertada durante a fase crítica de crescimento e desenvolvimento (Gestação e lactação). As CA e CT não se constituem parâmetros capazes de servir de marcador de excesso de peso. O IMC se mostrou mais sensível e precoce na identificação da obesidade. O menor teor protéico da dieta POF para o crescimento promoveu menor peso do fígado, rim e adrenal no grupo que recebeu esta dieta durante todo o período do estudo. Quando a dieta POF foi ofertada apenas aos desmame promoveu maior peso da adrenal. Apesar de a dieta POF possuir moderado teor de lipídeos esta não foi capaz de alterar o perfil lipídico, a glicemia e insulinemia dos animais.