Tesis
Caracterização da vigilância nutricional na infância no âmbito da estratégia de saúde da família
Autor
OLIVEIRA, Jaiane Katia de
Institución
Resumen
O presente trabalho tem como objetivo caracterizar estrutura e processos da vigilância nutricional na infância nas Unidades de Saúde de Vitória de Santo AntãoPE. Se trata de um estudo transversal descritivo, realizado em cinco Unidades de Saúde (US), direcionado aos profissionais das Equipes de Saúde da Família envolvidos com a vigilância nutricional de crianças menores de 10 anos. A coleta de dados foi realizada através de questionário com perguntas diretas e aplicadas por entrevistadores previamente treinados. As variáveis foram subdivididas de acordo com os indicadores de estrutura e processo, em recursos materiais-físicos e organizacionais, além da dimensão técnica do serviço. Após coleta, os dados foram digitados no programa EpiData 3.1 e posteriormente realizada a análise no mesmo programa. Foram entrevistados 41 profissionais de saúde entre enfermeiro, técnico de enfermagem, médicos e agentes comunitários de saúde. Os resultados obtidos foram que maior parte dos profissionais eram do sexo feminino e dos 27 agentes comunitários de saúde que compuseram a amostra aproximadamente 80% deles acompanhavam mais de 150 famílias. A balança para maiores de 2 anos foi o único equipamento presente em todas as US e metade dos equipamentos estavam em estado de conservação ruim, mas em uso. Nas dimensões técnicas 68,3% não sabiam calcular o Índice de massa corporal; 98% costumam solicitar a caderneta de saúde da criança (CSC), 93% sempre realizam a medida do peso e 85% da altura. Por outro lado, 85% fazem registro na CSC de modo parcial ou não conforme. Sendo relatadas as condições inadequadas dos equipamentos, os diversos tipos de CSC e a falta de tempo como principais dificuldades para prática da vigilância nutricional. Com isso é possível concluir que a prática da vigilância nutricional por meio da CSC é um desafio a ser superado pela ESF, visto os inúmeros percalços que interferem no monitoramento da saúde a criança. A carência de uma boa estrutura física e organizacional ainda compromete essa prática e fragiliza a perspectiva da promoção da saúde e prevenção de agravos nessa fase da vida.