bachelorThesis
Álcool e fumo: um levantamento de fatores de risco para doenças cardiovasculares em adolescentes
Autor
SOUZA, Juliane Cibelle Ferreira de
Institución
Resumen
As doenças cardiovasculares (DCV) são um grupo de doenças do coração e dos vasos sanguíneos. Dentre elas, estão a doença cardíaca coronária, doença cerebrovascular, doença arterial periférica, doença cardíaca reumática, doença cardíaca congênita, trombose venosa profunda e embolia pulmonar (Organização Mundial de Saúde - OMS, 2015). Estas doenças são, atualmente, a principal causa de morte no Brasil e no mundo (IBGE, 2013; OMS, 2014).
Houve um aumento da prevalência destes fatores de risco para as DCV nos últimos anos. Vários fatores podem contribuir para isto, como por exemplo, um extraordinário aumento na propaganda e na promoção de produtos nocivos à saúde nos países em desenvolvimento (OMS, 2003).
As DCV fazem parte do grupo das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) (ACHUTTI, AZAMBUJA, 2004), que partilham um conjunto de fatores de risco, dentre os quais: tabagismo, consumo excessivo de álcool, excesso de peso, hipertensão arterial, elevado índice de colesterol plasmático e inatividade física (IBGE, 2013; OMS, 2015).
Houve um aumento da prevalência destes fatores de risco para as DCV nos últimos anos. Vários fatores podem contribuir para isto, como por exemplo, um extraordinário aumento na propaganda e na promoção de produtos nocivos à saúde nos países em desenvolvimento (OMS, 2003). Além disso, vários estudos indicam que muitas doenças cardiovasculares, como doença arterial coronariana e aterosclerose, iniciam-se na infância (BERENSEN et al., 1996; BERENSEN et al., 1998; FORD 2003, ALVES e FIGUEIRA, 1998; 2010). Em decorrência das facilidades proporcionadas pelos avanços da tecnologia e do desenvolvimento industrial, crianças e adolescentes têm práticas de hábitos de vida cada vez mais errôneos, do ponto de vista da saúde (BRITO et al., 2012). A infância e a adolescência são períodos críticos para o desenvolvimento de comportamentos e estilos de vida saudáveis (NEWMANN et al., 2008) e, portento, hábitos adquiridos nesta idade persistem até a fase adulta.
Sendo assim, estudos como o de Rodrigues et al., (2013), concluem que, embora a manifestação de doença cardíaca coronária ocorra na idade adulta, a detecção de fatores de risco durante a infância é crucial para o estabelecimento de um prognóstico e prevenção de danos aos órgãos-alvo em adultos. Assim, a detecção e prevenção devem começar nas fases inicias da vida, quando as mudanças no estilo de vida podem reduzir a incidência e a gravidade da doença cardíaca.