masterThesis
Remoção endoscópica de anel em pacientes submetidos á derivação gástrica em y de Roux utilizando prótese plástica autoexpansível
Registro en:
Autor
MAGALHÃES NETO, Galeno Egydio José de
Institución
Resumen
O uso de anel na derivação gástrica em Y de Roux (DGYR) está associado à
intolerância alimentar pós-operatória, cujo tratamento clássico tem sido a remoção
cirúrgica. Um novo método utilizando prótese plástica autoexpansível (PPAE) induz
erosão intragástrica do anel, o qual é removido por via endoscópica de forma
minimamente invasiva. Objetiva-se analisar a eficácia e a segurança dessa técnica
de remoção de anel após DGYR. Estudo prospectivo longitudinal de série de 41
pacientes com intolerância alimentar associada à presença de anel, que foram,
tratados por via endoscópica, entre 2007 e 2013. O grupo apresentava média de
idade igual a 44,1 anos, IMC médio de 27,0 Kg/m², e vômitos foram os sintomas mais
frequentes (n=37), com ocorrência diária em 46,3%. O sucesso terapêutico foi
definido como a melhora dos sintomas após a remoção do anel. O implante de PPAE
foi realizado sob anestesia geral e guiado por radioscopia, sendo utilizado endoscópio
padrão. Os pacientes receberam alta após 24 horas com dieta líquida e inibidor de
bomba de prótons (IBP), que foi prescrito durante o tempo médio de permanência da
PPAE, que foi de 15,3 dias. A prótese promoveu erosão completa de anel em 24
(58,5%) pacientes e no grupo restante, a remoção em segundo estágio após 7 dias
com pinça de corpo estranho. Houve três casos de migração da prótese com
eliminação espontânea por via retal. O efeito adverso mais comum foi vômito (n=7).
Não houve complicações graves, nem necessidade de remoção precoce da prótese.
Após seguimento médio de 6 meses, não houve mudança significativa no IMC e 78%
dos pacientes foram capazes de ingerir carne vermelha. A remoção do anel com uso
de prótese endoscópica demonstrou ser um procedimento seguro e eficaz, com100%
dos anéis sendo removidos com sucesso e 29,3% de ocorrência de eventos adversos
leves (vômitos). Esta técnica é uma alternativa adequada na remoção do anel,
evitando a intervenção cirúrgica e reduzindo a possibilidade de reganho de peso. Ring dysfunction after roux-en-y gastric bypass (RYGB) causing delayed gastric emptying on
Fobi pouch is classically treated by surgical ring removal. In a novel way of using selfexpandable
stents, intraluminal erosion of the ring is achieved, allowing its removal by
endoscopy, with no need of surgery. No study has shown clinical applicability of this principle
in RYGB banded with silastic ring. In this case series we analyze endoscopic removal of noneroded
dysfunctional rings after RYGB using self-expandable plastic stents (SEPS). This is a
prospective case series of 41 patients with delayed gastric emptying secondary to extrinsic
compression of the ring after RYGB between 2007 and 2013. Successful ring removal,
symptoms improvement, weight control and adverse events were evaluated. Mean age of
subjects was 44.1 years, median BMI at treatment was 27.0 Kg/m2. Most common symptom
was vomiting (n=37), with daily occurrence in 46.3%. Success was defined as symptoms
improvement after stent and ring removal. SEPS placement was done under general
anesthesia and fluoroscopic guidance. A standard gastroscope (Pentax Medical, Montvale,
NJ), and a PolyflexTM stent (25x21x150mm) (Boston Scientific, Natick, MA) were used in all
cases. All patients were discharged after a 2-hour observation period, with liquid diet and
proton pump inhibitor. SEPS induced complete erosion in 24 patients, allowing for
simultaneous stent and ring removal. The median time of stenting was 15 days. There was
one case of stent migration, which was naturally expelled. Most common adverse event was
vomiting (n=7). There was no early stent removal, and no serious complications. After a mean
follow-up of 6 months, there was no significant change in mean BMI, and 78% of patients are
able to ingest solid foods. Endoscopic stents led to ring intraluminal erosion in 100% of
subjects, allowing for successful removal of dysfunctional rings. The procedure is technically
feasible and safe, with a 29.3% occurrence of mild adverse events (vomiting), and no serious
complications. It proved to be a reasonable alternative for ring removal in our casuistic,
avoiding surgery, and decreasing the possibility of weight regain.