masterThesis
O Oriente médio na política externa do Governo Lula (2003-2010)
Registro en:
Autor
SANTOS, Deijenane Gomes dos
Institución
Resumen
Esta dissertação se propõe a descrever a Política Externa do Brasil (PEB) para o Oriente Médio durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). Ao assumir o poder, Lula buscou estreitar os laços diplomáticos com os países daquela região, a qual, em retrospecto histórico, sempre foi tratada como uma área de baixa prioridade para a PEB, apesar de o Oriente Médio ser uma zona de suma importância para a estabilidade internacional. Dessa forma, foi feito um breve resumo das relações entre o Brasil e o Oriente Médio desde 1946 até o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e em seguida, analisou-se os principais aspectos que definiram a atuação da PEB para a região em questão durante os mandatos de Lula. Para responder a pergunta desta pesquisa, qual seja: em que medida a PEB para o Oriente Médio durante o governo Lula diferiu daquela praticada desde 1946 até o governo de Fernando Henrique Cardoso, o presente estudo examinou as posições do Brasil em questões importantes concernentes ao Oriente Médio, a saber, o conflito entre Israel e Palestina e a questão nuclear iraniana; além disso, foram quantificados e analisados os acordos bilaterais assinados entre o governo brasileiro e os países do Oriente Médio; iniciativas como a Cúpula América do Sul-Países Árabes (ASPA); o nível de comércio entre as partes e a atuação de empresas nacionais em solo árabe, entre outros fatores. A partir destas observações, percebeu-se que, a PEB do governo Lula não se distanciou completamente daquela que se vinha praticando desde o fim da Segunda Guerra, porém, em termos qualitativos e quantitativos, houve uma aproximação significativa do Brasil com os países da região. Em suma, poder-se-ia afirmar que a abordagem do governo Lula para o Oriente Médio foi inovadora em comparação com os mandatários anteriores, o que, entre outros motivos, pode ser atribuído, principalmente, ao papel das lideranças responsáveis pela formulação da PEB para o Oriente Médio. CAPES This master’s thesis aims at describing the Brazilian Foreign Policy (BFP) to the Middle East during Luiz Inácio Lula da Silva’s administration (2003-2010). After assuming power, Lula sought closer diplomatic ties with the countries from that region, which, in historical retrospect, was always seen as a low-priority area to the BFP, despite the fact that the Middle East is a very important zone for international stability. Thereby, it was made a brief summary of the of the relations concerning Brazil and the Middle East since 1946 until Fernando Henrique Cardoso’s administration (1995-2002), then, the main aspects that defined the BFP’s performance to region in question during Lula’s terms were analyzed. To answer this research problem, that is, to what extent the BFP to the Middle East during Lula’s years differed from that practiced since 1946 until Fernando Henrique Cardoso’s government, this work examined Brazil’s positions regarding important issues concerning the Middle East, namely the conflict between Israel and Palestine and the Iranian nuclear program; besides that, bilateral agreements between Brazil and the countries of the Middle East were quantified and analyzed; initiatives such as the Summit of South American- Arab Countries (ASPA); the level of commerce between the parts and the performance of Brazilian companies in Arab soil, amongst other factors. From these observations, it was noticed that the BFP during Lula’s administration didn’t distanced itself completely from that which has been performed since the end of World War II, but, regarding qualitative and quantitative terms, there was a significant rapprochement of Brazil with the countries of the region. In short, one may say that the Lula government approach to the Middle East was innovative compared to former presidents, something that, amongst other reasons, can be attributed, mainly to the role of leaders who were responsible for the formulation of the BFP to the Middle East.