masterThesis
Potencial biotecnológico de Serratia marcescens UCP/WFCC 1549 na degradação de combustíveis, na produção de lipídeos e de biossurfactante
Registro en:
Autor
RODRÍGUEZ, Dayana Montero
Institución
Resumen
Serratia marcescens UCP/WFCC 1549, isolada do solo do semi-árido do Estado de Pernambuco -
Brasil, foi investigada quanto o seu potencial de biodegradação de combustíveis, como também na
produção de lipídeos e biossurfactante. A degradação de combustíveis foi avaliada utilizando o
meio basal Bushnell Hass (BH), o indicador redox 2,6- diclorofenol – indofenol e a cepa de S.
marcescens selvagem e aclimatada em diferentes concentrações do óleo diesel (2, 4, 6, 8, 10, 12 e
15%). Os resultados obtidos demonstraram que a bactéria aclimatada a 15% do óleo diesel
apresentou os melhores índices de degradação, com valores de 79,63% para o biodiesel de algodão,
65,57% para o biodiesel de girassol, 60,50% para o diesel, 57,20% para gasolina e 39,26% para
querosene. Além disso, S. marcescens demonstrou propriedade de crescer e acumular lipídeos (>
40%) utilizando resíduos agro-industriais (manipueira e óleos vegetais pós-fritura). Os lipídeos
produzidos mostraram perfis de ácidos graxos com maior porcentagem em ácidos graxos
monoinsaturados, sugerindo uma composição que corresponde às características requeridas para o
biodiesel. Ao mesmo tempo, S. marcescens demonstrou habilidade para converter resíduos agroindustriais
(manipueira e óleo de milho pós-fritura) em associação com lactose, na produção de
biossurfactante, empregando um planejamento fatorial 23. A seleção da melhor condição do
planejamento foi avaliada pela variável resposta tensão superficial. O melhor resultado foi obtido no
meio constituido por 6% de manipueira e 7,5% de óleo de milho pós-fritura, na ausência de lactose,
com uma redução da tensão superficial da água de 72 para 26,2 mN/m. O biossurfactante produzido
apresentou propriedade emulsificante (EI24), com valores superiores a 60% de emulsificação
utilizando os óleos de soja, diesel, motor e motor queimado. Adicionalmente, o biossurfactante
demonstrou estabilidade na redução da tensão superficial frente a diferentes valores de pH,
temperatura e NaCl, e mostrou excelente eficiência na remoção de óleo de motor em água, areia de
praia e sedimento de mangue (78%, 88,27% e 73,70%, respectivamente). Portanto, S. marcescens
UCP/WFCC 1549 demonstrou seu elevado potencial biotecnológico para a produção de biodiesel
de boa qualidade, assim como de biossurfactante com aplicação promissora em processos de
biorremediação de ecossistemas contaminados com petróleo e seus derivados. CNPQ Serratia marcescens UCP/WFCC 1549, isolated from soil of the semi-arid of state of Pernambuco,
Brazil, was investigated with regard to their potential to fuel biodegradation as well as for the
production of lipids and biosurfactant. The degradation was assessed using Bushnell Hass (BH)
medium, the redox indicator 2,6-dichlorophenol – indophenol and S. marcescens wild-type and
acclimatized in different concentrations of diesel (2, 4, 6, 8, 10, 12 and 15%). The obtained results
showed that strain acclimatized in 15% diesel oil exhibited the best degradation index (79,63% of
cotton biodiesel, 65,57% of sunflower biodiesel, 60,50% of diesel, 57,20% of gasoline and 39,26%
of kerosene). Also, S. marcescens demonstrated the ability to grow and accumulate lipids (> 40%)
using agro-industrial residues (cassava wastewater and waste vegetable oils). The produced lipids
exhibited balanced profiles of fatty acids, mainly monounsaturated fatty acids which correspond
with biodiesel requirements. In addition, S. marcescens showed ability to produce biosurfactant by
bioconversion of agro-industrial residues (cassava wastewater and corn waste oil), in association
with lactose, through a 23 factorial design. The best result was obtained in medium containing 6%
cassava wastewater and 7,5% corn waste oil, in absence of lactose, with reduction of surface tension
of water from 72 to 26,2 mN/m. The biosurfactant had good properties in the emulsification of
hydrophobic compounds (EI24 > 60% of soybean oil, diesel oil, engine oil and burned engine oil).
Moreover, the biosurfactant demonstrated stability in a wide range of pH, temperature and salinity.
Also, it showed excellent efficiency on dispersion of engine oil in water (78%) as well as removing
it in beach sand and mangrove sediment (88,27% and 73,70%, respectively). Then, S. marcescens
UCP/WFCC 1549 demonstrated their high biotechnological potential for production of good quality
biodiesel, as well as biosurfactant with promising application in bioremediation processes.